Educação

Estudantes preparam manifestação contra corte nas instituições federais em Goiânia

Entidades representativas de estudantes professores e trabalhadores técnico-administrativos irão realizar um ato contra o corte…

Entidades representativas de estudantes professores e trabalhadores técnico-administrativos irão realizar um ato contra o corte no orçamento das instituições federais de ensino anunciado pelo governo. A manifestação acontecerá nesta quinta-feira (9), às 15 horas, na Praça Universitária.

O corte, que equivale a 14,5% do orçamento, será aplicado linearmente a cada universidade, instituto ou entidade ligada ao MEC. A Universidade Federal de Goiás (UFG) se manifestou sobre o assunto, ressaltando que “a situação é grave e põe em risco real o pleno funcionamento da UFG, que já sofre com a falta de recursos para manutenção de seus prédios e laboratórios”.

De acordo com a diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Thaís Falone, o bloqueio da verba irá fazer falta tanto para as necessidades básicas das instituições de ensino quanto a programas de assistência estudantil.

“Esse corte é o dinheiro que vai faltar para pagar despesas básicas como conta de água, manutenção dos prédios, segurança, energia, entre tantas outras. Além disso, também vai atingir as bolsas e auxílios de assistência estudantil, sobretudo para os estudantes cotistas de baixa renda”, disse a diretora.

UFG se manifestou sobre cortes nas instituições federais

A Universidade Federal de Goiás (UFG) se manifestou sobre o bloqueio de R$ 3,2 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC), que foi anunciado na semana passada pelo governo federal. “A UFG, com este corte, perde 10,8 milhões de custeio e investimento e mais 4,8 milhões da verba do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que financia a assistência estudantil”, publicou hoje em suas redes sociais.

Para a instituição, “a ação impossibilita honrar os compromissos assumidos e as atividades planejadas, o que torna incerta a conclusão do ano letivo”.

Na ocasião dos cortes, o governo disse se tratar de um contingenciamento necessário para o cumprimento do teto de gastos. A medida criada no governo de Michel Temer (MDB) limita o crescimento de gastos públicos. Em todo o governo, R$ 14 bi devem ser bloqueados. O valor servirá para garantir reajuste de 5% aos servidores públicos federais neste ano eleitoral.

O MEC, por sua vez, enviou documento às universidades revelando o bloqueio R$ 3,23 bilhões (14,5% de toda a verba de uso discricionário de 2022). Por ser linear, como já mencionado, impacta em 14,5% cada entidade ligada ao ministério.