UM ANO DEPOIS

Goianas presas após terem malas trocadas retornam a Europa

Elas deram palestra em uma faculdade de direito de Portugal, sobre o tema "Repercussões Jurídicas do Tráfico Internacional de Drogas Utilizando Turistas"

As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas na Alemanha após terem suas malas trocadas por bagagens contendo drogas, retornaram a Europa na última segunda-feira (8), um ano após o ocorrido. Por meio de suas redes sociais, elas mostram todos os detalhes da viagem.

A primeira parada foi em Portugal. “Essa é a nossa primeira viagem a Europa desde a nossa injusta prisão. Este é um marco para nós”, disseram.

Kátyna e Jeanne, deram palestra em uma faculdade de direito de Portugal sobre o tema “Repercussões Jurídicas do Tráfico Internacional de Drogas Utilizando Turistas”. Elas estavam acompanhadas da advogada Luna Provázio, que representa elas no Brasil. Além disso, segundo as goianas, elas vão recuperar as malas e celulares que ficaram presos na Alemanha.

As mulheres também comemoraram, nas redes sociais, a liberdade e alertaram sobre a importância da proteção de malas nos aeroportos. “Queremos agradecer a Deus um ano de nossa soltura (liberdade). Vamos fazer a nossa viagem, que não fizemos ao sermos presas”, disseram.

Relembre o caso

No dia 5 de março de 2023, Kátyna e Jeanne foram presas durante uma escala em Frankfurt, na Alemanha. A prisão ocorreu após as duas terem as etiquetas das bagagens trocadas. Estas tinham cocaína e foram apreendidas pela polícia.

As goianas deixaram a prisão em 11 de abril e chegaram ao Brasil três dias depois. A soltura ocorreu após autoridades alemãs terem analisado vídeos enviados pela Polícia Federal (PF) brasileira.

As provas tinham o objetivo de comprovar a inocência do casal, segundo a PF. Logo após chegarem ao País, Kátyna disse à TV Anhanguera que elas foram mal recebidas e maltratadas pela polícia alemã.

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.