Goianas que tiveram etiqueta de mala trocada por outra com droga chegam ao Brasil
Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía passaram cerca de um mês presas em Frankfurt, na Alemanha

As goianas Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía, que passaram cerca de um mês presas na Alemanha, depois de ter a etiqueta de bagagem trocada por outra com drogas, chegaram ao Brasil nesta sexta-feira (14). Elas foram soltas da prisão que estavam, em Frankfurt, na última terça (11).
Pelas redes sociais, a advogada Luna Provazio confirmou a chegada. “Chegamos, Brasil. Obrigada a todos que oraram e cooperaram por esse momento. A luta pela justiça e reparação dos danos ainda continua.”
O diplomata Alexandre Vidal Porto utilizou o Instagram para postar fotos das brasileiras, ainda no aeroporto, na Alemanha, antes do embarque. “Júlio Junqueira, funcionário do consulado do Brasil, ampara Kátyna Baía, presa injustamente na Alemanha, no aeroporto de Frankfurt”, escreveu em uma das imagens.
Em outra, colocou a seguinte legenda: “Todos – advogadas, vítimas, familiares e nós do CG Frankfurt – radiantes no embarque da Kátyna e da Jeanne de volta ao Brasil.”

Relembre
As goianas tiveram as malas trocadas por uma organização criminosa em uma área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ao chegarem em Frankfurt foram detidas no dia 5 de março.
Na última segunda-feira (10), Lorena Baía, irmã de Kátyna Baía, viajou para Frankfurt junto com a mãe de Jeanne e uma advogada. O objetivo era dar suporte às vítimas, ainda sem previsão de deixar a prisão.
Também na segunda, em coletiva de imprensa, o delegado da Polícia Federal, Bruno Gama, reforçou que a corporação, por meio do Ministério da Justiça, já tinha encaminhado as informações para a Justiça Alemã da investigação comprovando o esquema de funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos para trocar a bagagem das passageiras por malas com drogas.
Na semana passada, segundo ele, seis pessoas foram presas. Destas, algumas admitiram o crime. Os vídeos com as confissões também foram enviados. A Polícia Federal continua a operação que abrange não o caso específico das goianas, mas um grupo que atua no envio de drogas para o exterior por meio de troca de bagagens.