SENTENÇA

Goiânia: condenado analista que desviou dinheiro da empresa que trabalhava para a conta da mãe

Pena é de oito anos e quatro meses em regime fechado

A juíza Placidina Pires condenou um analista financeiro a oito anos quatro meses de prisão por desviar valores da empresa em que trabalhava, em Goiânia, por meio de simulação de dívidas e por transferir, em seguida, os valores para a conta bancária de sua mãe. A sentença da magistrada da 1ª Vara dos Feitos Relativos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), publicada no último dia 16, deve ter início no regime fechado. Cabe recurso.

Segundo a denúncia, o suspeito prestava serviço de analista financeiro na companhia. Por ter acesso privilegiado aos títulos para pagamento, ele furtou cerca de R$ 180 mil da empresa, conforme os autos, e ocultou valores provenientes de forma direta ou indireta. As investigações identificaram, pelo menos, seis transferências para a conta bancária do indiciado e outras 126 transferências para a da mãe dele, o que somaram o montante citado.

A empresa só descobriu o ocorrido meses após a saída do funcionário por meio de auditoria interna. Com as informações, acionou o Ministério Público de Goiás (MPGO), que ofereceu denúncia.

Vale citar, em interrogatório, o acusado afirmou que a mãe não sabia dos fatos até ser chamada na delegacia. Na ocasião, ele admitiu que tinha feito as transferências da conta da empresa para conta dela, além de confessar o crime, mas que se arrependeu. Para a magistrada, “os elementos probatórios colacionados aos autos comprovam irrefutavelmente a autoria dos furtos qualificados e das lavagens de capitais imputados ao acusado”.

E ainda: “Verifico que resultou suficientemente demonstrado que o acusado dolosamente dissimulou e/ou ocultou a maioria das subtrações, mais precisamente, 126 do total de 135 pagamentos irregulares, por meio da transferência dos valores para uma conta da Caixa de titularidade de sua genitora a fim de não gerar desconfiança”, finalizou.