Guerra entre agiotas colombianos deixa três mortos no Entorno do Distrito Federal
Uma das vítimas foi morta por engano

As polícias civis de Goiás e do Distrito Federal investigam uma violenta disputa entre dois grupos rivais de agiotas colombianos que já resultou em pelo menos três mortes na região de Valparaíso de Goiás e no Entorno do DF. Entre as vítimas está o comerciante Carlos Augusto de Medeiros, morto por engano em Taguatinga no final de setembro. Segundo as investigações, o alvo real dos criminosos era um colombiano de um grupo rival que frequentava um restaurante localizado acima da distribuidora da vítima.
Todo o crime foi registrado por câmeras de segurança do local e mostra um homem armado entrando no local usando um capacete. O suspeito atira e atinge Carlos, que está sentado em uma das cadeiras. A vítima foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. Após o crime, o suspeito fugiu para a cidade de Valparaíso, também no Entorno do DF.
O dono do estabelecimento de cima, que socorreu Carlos, prestou depoimento e, a partir de um cruzamento de imagens, a polícia identificou a moto utilizada pelo atirador e constatou que o colombiano suspeito pelos disparos trocou de roupa após o crime. Diante dos relatos, a polícia iniciou os trabalhos de investigação e chegou ao nome
No dia 31 de outubro, ele foi encontrado e preso em Fortaleza, no estado do Ceará. Segundo as investigações, um dia antes do homicídio, o atirador esteve em frente ao comércio e passou em um posto de gasolina próximo, indício de que realizava um levantamento prévio.
Vítima foi morta por engano
Após a prisão, a polícia seguiu as investigações do caso e descobriu que a vítima não teria nenhuma relação com a guerra desses grupos criminosos. De acordo com a PC, o rapaz morreu por engano e o alvo dos suspeitos era um outro colombiano que frequentava o restaurante localizado acima do comércio onde Carlos trabalhava e que também estaria envolvido com a guerra de agiotas.

Agora, a polícia procura por Brahyam Angulo Rendon, apontado como mandante do crime. Segundo as investigações, ele teria financiado o crime diretamente da Colômbia. Bryan Danilo Moreno Martinez, de 28 anos, também é procurado por suspeita de prestar apoio ao atirador.