CASO MONARA

Homem conhecido como serial killer de Rio Verde é condenado a 71 anos em novo júri

Mulher de 31 anos foi abusada sexualmente e teve o corpo parcialmente incendiado

Rildo Soares, suspeito de ser serial killer em Rio Verde, foi condenado pelo tribunal do júri, nesta segunda-feira (15), a 71 anos, nove meses e 13 dias de reclusão em regime fechado, além de 12 dias-multa pelo assassinato de Monara Pires Gouveia. A mulher de 31 anos foi abusada sexualmente e teve o corpo parcialmente incendiado. O crime, segundo a Polícia Civil, foi motivado por vingança após a vítima furtar R$ 600 da casa do suspeito. A condenação inclui: feminicídio, ocultação de cadáver e estupro.

Vale citar que o julgamento é o segundo júri de Rildo, que já havia sido condenado pelo assassinato de Elisângela Silva de Souza, 26 anos, no último dia 10. Ele recebeu pena de 41 anos, 8 meses e 33 dias de prisão em regime fechado, além do pagamento de indenização de R$ 100 mil à família da vítima. Um terceiro julgamento está marcado para o dia 16, terça-feira, pela morte de Alexânia Hermógenes Carneiro, de 40 anos, conhecida como Lessi.

Sobre o caso Monara, à época dos fatos, Rildo confessou ao delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), em depoimento prestado na Casa de Prisão Provisória do município, ter abusado sexualmente dela antes de matá-la. A confissão foi reforçada durante a reconstituição do crime, realizada no local onde o corpo da jovem foi encontrado parcialmente queimado, em julho deste ano.

Segundo o delegado, a vítima vivia em situação vulnerável, e Rildo alegou que matou Monara após ela ter furtado R$ 600 de sua casa durante uma limpeza, valor que ele disse ser destinado ao pagamento do aluguel. “Ele disse que a encontrou um mês depois, levou-a a um terreno e a matou”, explicou Candeo.

Exames necroscópicos indicaram que Monara ainda estava viva quando foi incendiada, evidenciando a extrema violência e crueldade do crime. Em vídeo obtido com exclusividade pelo Mais Goiás, o suspeito detalhou: “Dei duas cacetadas nela. Ela caiu lá e eu coloquei fogo na cama box e saí correndo do local.” O réu afirmou ainda que permaneceu por alguns minutos sobre a cama em chamas para impedir que a vítima conseguisse sair do local.