CONFUSÃO

Homem preso por bater em bombeiro diz ter ouvido insultos racistas, em Rio Verde

Bombeiro explicou que apenas descreveu as características para a atendente do 190, mas a dupla o agrediu com socos no pescoço

A Polícia Militar prendeu dois suspeitos de agredir e ameaçar um bombeiro militar de 52 anos após uma discussão em um restaurante de Rio Verde, na região Sudoeste de Goiás, neste domingo (3). Um dos suspeitos, de 30 anos, confessou que deu um tapa na vítima, mas alegou que a agressão foi uma reação aos supostos termos racistas feitos pelo homem. Militar diz que apenas descreveu característica físicas. Os três foram levados para a delegacia para esclarecimentos.

De acordo com a ocorrência, a discussão começou quando o bombeiro, que estava de folga, foi até o caixa do restaurante na Rua Eurico Gaspar Dutra para pagar a conta quando percebeu que um cliente discutia com um funcionário. O militar tentou interceder e disse ao cliente que ele estava tumultuando o ambiente, mas o homem respondeu afirmando que o bombeiro “não era ninguém para lhe dar ordens” e seguiu com o bate-boca.

Segundo o bombeiro, após algumas tentativas de diálogo sem sucesso, ele acionou a Polícia Militar que pediu as característica do cliente, momento em que descreveu: “Homem negro trajando bermuda e
camiseta”. Nesse instante, os dois suspeitos, que passavam pela rua e não tinham contexto do ocorrido, entraram no restaurante acusando o militar de racismo e afirmando que o “quebrariam ali mesmo”.

A vítima explicou que não havia cometido racismo e apenas descreveu as características para a atendente do 190, mas a dupla proferiu xingamentos e o agrediu com socos no pescoço. Ao perceberem a aproximação de uma viatura da PM, os dois fugiram, mas foram encontrados e presos instantes depois na Rua Castelo Branco.

Em depoimento, os suspeitos confessaram que agrediram o bombeiro após escutarem ele chamar outro homem de negro de forma desrespeitosa. Os dois foram autuados por ameaça, lesão corporal e injúria. O caso está sob investigação da delegacia de Rio Verde e os suspeitos seguem à disposição da Justiça.

Ofensas racistas

Um homem de 47 anos, Wanderson de Almeida Ferreira, foi morto a tiros em Mineiros, Goiás, após defender crianças de supostas ofensas racistas. O crime ocorreu após uma discussão com uma mulher que proferiu xingamentos racistas contra as crianças em uma festa de família. O filho da mulher, de 28 anos, teria sacado uma arma e disparado dois tiros contra Wanderson, que não resistiu aos ferimentos e morreu na UPA.

O suspeito foi localizado e autuado por homicídio, e o caso está sob investigação da Polícia Civil.

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