CASO LUANA ALVES

Homem que confessou morte de menina de 12 anos terá DNA incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos

Serão realizadas buscas com perfis de vestígios para identificar novas vítimas em todo o país

O DNA do ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, será incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos para identificar se há novas vítimas. A informação foi divulgada pela delegada Caroline Borges, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O homem é acusado de matar Luana Marcelo Alves, de 12 anos, que desapareceu após ir à padaria, em Goiânia.

 “No Banco Nacional é possível vincular o material dele a algum estupro sem autoria”, explicou a delegada.

Os exames de DNA do suspeito ainda estão em andamento no Banco de Perfis Genéticos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de Goiás (SPCT). Assim que forem finalizados, o material vai entrar no nacional.

A partir da inserção, o Banco realiza uma busca com todos os perfis de vestígios já inseridos. Caso haja coincidência com algum, é reportada essa chamada semelhança (match) e um laudo é feito e encaminhado para a Polícia Civil.

Para que um perfil genético seja inserido no Banco é preciso que a pessoa tenha condenação por algum crime previsto na lei, ou que haja determinação judicial. Neste caso, Reidimar tem condenação penal, por isso o perfil dele já será inserido, assim que os exames forem finalizados.

Histórico da morte de Luana

A menina de 12 anos desapareceu no último domingo (27), após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela. Reidimar admitiu à Polícia Civil que abordou Luana e disse a ela e a levaria em casa de carro, pois precisava acertar algumas dívidas com o pai dela. A menina entrou no veículo, mas foi levada para a casa do investigado.

No imóvel, o homem tentou estuprar a menina, mas como ela resistiu ao abuso, ele a matou enforcada, fato também confirmado pelo suspeito. Em seguida, Reidimar utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina. Depois, enterrou e cobriu a cova com cimento.

Apesar de ter tentado, Reidimar nega ter abusado sexualmente de Luana. Ele também afirma que não sabe porque cometeu o crime e justifica a ação dizendo que estava sob efeito de cocaína e bebidas alcoólicas.

O suspeito foi preso em flagrante dois dias depois. O homem teve sua prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (30), após audiência de custódia. A Defensoria Pública de Goiás explicou que realizou a audiência de custódia do acusado, pois ele ainda não constituiu defesa. A audiência foi realizada de forma presencial, por volta de 15h, no Fórum Criminal de Goiânia.

Após a conclusão do inquérito, Reidimar deve ser encaminhado ao Ministério Público. Após a denúncia do órgão e o aceite por parte do Tribunal de Justiça (TJ-GO), ocorre a citação do acusado e ele tem um prazo para apresentar um advogado. Se ele não constituir um advogado, o caso é encaminhado novamente para a Defensoria Pública.

Além do crime cometido contra Luana, a polícia não descarta que o homem tenha cometido crimes contra outras vítimas. Reidimar, que já foi preso pelos crimes de roubo e estupro, agora deve responder por tentativa de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.