Jovem que teve a mão decepada pelo ex-companheiro retoma fisioterapia e testa próteses
Em Goiânia, a jovem se emocionou ao testar diferentes modelos de próteses

A jovem Railma Lisboa da Silva, que teve a mão decepada pelo ex-companheiro em outubro de 2024, compartilhou um vídeo nesta sexta-feira (22) mostrando sua visita a uma clínica de próteses em Goiânia, onde testou diferentes modelos. Ela informou que retomará a campanha para custear a prótese e explicou que voltou à fisioterapia, passando também por uma avaliação na clínica especializada.
Em uma postagem em suas redes sociais a jovem comemora o retorno para fisioterapia e se encanta com os testes da prótese, “Hoje estive em Goiânia para conhecer a clínica de prótese e também fazer alguns testes. Fiquei encantada e isso despertou em meu coração o desejo de correr atrás da minha prótese novamente. Sei que o custo é muito alto, mas Deus enviará anjos para me ajudar. Pode demorar, mas eu não vou desistir”, disse Railma.
No primeiro teste, Railma experimentou um modelo de prótese articulada controlada por eletrodos conectados ao braço, realizando diversos movimentos sob orientação do médico, que explicou cada função. Ela conseguiu abrir e fechar a mão, testar diferentes padrões de pinça e controlar movimentos complexos. Em seguida, a jovem experimentou um segundo modelo, com acabamento que simula pele, mas que funciona com os mesmos comandos do primeiro.
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Ataque em outubro do ano passado
O crime aconteceu no bairro São Jerônimo, enquanto a jovem seguia para a faculdade na garupa de um mototaxista. O ex-companheiro, identificado como Marcos José Cardoso, de 42 anos, perseguiu-a e a atacou com um facão após jogar o carro em cima da moto. O ataque resultou na amputação da mão e parte do braço, além de lesões no couro cabeludo. Apesar da gravidade, os médicos conseguiram reimplantar a mão.
Após receber alta hospitalar no dia 26 de novembro, Railma destacou a importância de estar em casa e perto da família. “A volta para casa é gratificante demais, estar perto da família e dos filhos ajuda muito na recuperação. O que eu mais desejo depois de tudo que passei é poder recomeçar e cuidar dos meus filhos. Não desistir de mim!”, disse.
Na época a jovem reforçou que encara o episódio como um obstáculo, mas não uma barreira definitiva: “Isso foi só um obstáculo no meu caminho. Vou passar por ele. Todo processo tem um fim, e o meu também terá”
Vaquinha virtual busca custear tratamento
Com Railma em casa, a família criou uma vaquinha online para custear o tratamento psicológico das crianças, ainda abaladas com o ataque, além de ajudar nas despesas da jovem, aquisição de medicamentos, tratamento contínuo e, futuramente, nas próteses necessárias. A campanha tem como objetivo garantir que a jovem possa se recuperar plenamente e recomeçar sua vida com segurança.
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