Juiz converte prisão em flagrante na preventiva de corretor suspeito de tráfico

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara converteu a prisão em flagrante de um corretor de imóveis suspeito de tráfico de drogas, corrupção ativa, desobediência e resistência em prisão preventiva, na capital. A decisão ocorreu no sábado (17), durante o plantão judiciário.

O suspeito foi detido na tarde de sexta (16), no Jardim América, em Goiânia, após denúncia de ter feito um “programa”, mas não ter efetuado o pagamento, além de ter oferecido drogas para quitar o serviço. Segundo a Polícia Militar (PM), durante a abordagem os agentes encontraram uma bolsa com R$ 200, dois pacotes de cocaína, uma porção de maconha e nove papelotes de crack.

Ainda segundo os policiais, o autor tentou subornar a equipe com R$ 20 mil para ser liberado. Neste momento, ocorreu a ordem de prisão e o suspeito resistiu, sendo preciso utilizar técnicas de defesa pessoal para a imobilização.

Destaca-se que, ao chegar na central de Flagrantes, ele também resistiu para entrar na delegacia, sendo preciso nova intervenção dos agentes. Na ocasião, foi instaurado, então, o auto de prisão em flagrante por tráfico de drogas, corrupção ativa e resistência.

Decisão

A defesa do corretor justificou que o suspeito estava “sob efeito de um surto psicótico, e que não é possível ter certeza sobre a finalidade da droga apreendida com o autuado, se para uso pessoal ou não”. Desta, eles pediram o relaxamento da prisão em flagrante, que foi negado pelo magistrado.

Na decisão, o juiz “considerando todas as circunstâncias dos fatos, a quantidade de drogas apreendidas em posse do custodiado, e a forma como estavam acondicionadas, resta caracterizado o tráfico de drogas, e, em que pese a primariedade do réu, incontestável é a prejudicialidade de sua conduta e, por conseguinte, o risco que oferece à sociedade”.

Desta forma, a decisão foi pela conversão de prisão em flagrante para prisão preventiva.