'GERAÇÃO MIMIMI'

Juíza goiana desabafa contra ‘geração mimimi’ em sentença judicial

Querelante pedia indenização de paróquia por cadeira que quebrou

Um processo por danos morais teve uma sentença curiosa no município de Vianópolis, a cerca de 90 km de Goiânia. Uma mulher processou a Arquidiocese de Goiânia porque a cadeira em que estava sentada se quebrou e ela caiu durante um evento religioso. A juíza negou o pedido e aproveitou o momento para desabafar contra a “geração mimimi”.

O fato aconteceu em 2019. De acordo com a sentença, a mulher participava da Festa da Novena em Louvor a São Geraldo quando a cadeira em que estava sentada quebrou e ela caiu no chão. Ela chegou a ser amparada pelo marido, mas decidiu entrar na justiça pedindo danos morais, materiais e estéticos.

Na sentença, a juíza Marli de Fátima Naves negou o pedido da mulher, afirmando que tratou-se de um “caso fortuito”, ou seja, um fato imprevisível, que não pode ser previsto por nenhum meio humano. Ela ressaltou ainda que a fiel não conseguiu provar a negligência ou imprudência da requerida.

No texto, a magistrada ainda discorreu sobre o pedido, ressaltando que esperava que a requerente tivesse mais maturidade para tratar um assunto como aquele. Marli ressaltou que a sociedade adulta chegou a uma fase do “não posso ser contrariado”.

“Infelizmente, a sociedade adulta chegou numa triste fase do não posso ser contrariado, quer na vida civil, quer na congregação dos santos, uma espécie da já famosa geração do mimi, o que não se espera de alguém que alcançou a idade madura, que deveria refletir proporcionalmente na maturidade”.

O Mais Goiás não localizou a defesa da autora para saber se ela pretende recorrer da decisão. O espaço está aberto para manifestação