DECISÃO

Justiça concede alvará de soltura a pastora que responde por clínica clandestina em Anápolis

Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram mantidas em cárcere privado e tortura

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) concedeu alvará de soltura para a pastora Suelen Amaral Klaus, no final da tarde da última terça-feira (19). Ele é suspeita de gerir clínicas clandestinas em Anápolis que foram comparadas pela Polícia Civil como “campos de concentração’.

A decisão é para que a pastora cumpra prisão domiciliar com a utilização de tornozeleira eletrônica.

Segundo a polícia, as pessoas internadas tinham entre 14 e 96 anos, foram resgatadas com graves ferimentos e em estado de desnutrição em uma espécie de “campo de concentração”, em Anápolis. A ação policial ocorreu no dia 29 de agosto e prendeu seis pessoas responsáveis pela clínica clandestina – o casal proprietário e quatro funcionários.

As investigações mostram que vítimas eram mantidas em cárcere privado e tortura. Os pacientes eram levados de forma ilegal e involuntária ao local, onde eram trancados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mensal. Entres os pacientes estavam pessoas com deficiência intelectual e física, além de dependentes químicos.

“Sem dúvida era um campo de concentração. Não tem outra denominação. As pessoas eram levadas para lá contra a vontade. Tinha um autista de 17 anos, que apanhava e levava banho de água fria para não gritar”, chegou a dizer o delegado Manoel Vanderic na ocasião.