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Justiça do DF converte em preventiva prisão de motorista e dono de ônibus que capotou na BR-070

Sete pessoas morreram em decorrência do acidente

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) converteu em preventiva a prisão em flagrante de Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, o motorista que dirigia o ônibus clandestino que capotou na BR-070 que resultou na morte de sete pessoas, e do pai dele, Alexandre Henriques Camelo, dono da empresa responsável pelo veículo. O acidente aconteceu no sábado (21), na altura de Ceilândia, e o transporte levava 32 passageiros e fazia o trajeto Maranhão-Brasília, e a audiência nesta segunda (23).

Sobre os mortos, foram quatro no local e um, posteriormente, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), ainda no sábado. No domingo (22), tiveram as confirmações da sexta e da sétima morte. 18 ficaram feridos no momento acidente.

Já acerca da conversão da prisão em flagrante para preventiva, a juíza considerou que o modo de agir dos acusados demonstrou “total desrespeito à autoridade estatal que já escoltava o ônibus e em manifesto desprezo à vida humana”. A informação foi divulgada pelo Mais Brasília.

Conforme a reportagem, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se manifestou pela regularidade do flagrante e pediu a decretação da prisão preventiva dos autuados durante a audiência. A defesa dos custodiados pediu pela concessão da liberdade provisória, mas a Justiça acatou o pedido do MP.

Ainda segundo a magistrada, os réus, pai e filho, assumiram o risco de ocasionar o sério acidente que de fato aconteceu. “O risco à ordem pública é evidente, sobretudo porque ambos trabalham no ramo de transportes e, caso colocados em liberdade, poderão colocar em perigo novamente a vida de tantos outros passageiros”, argumentou.

Outro fator que pesou na decisão da Justiça foi o de que “os passageiros teriam sido orientados a mentir aos agentes da ANTT durante a abordagem do ônibus, o que evidencia que, durante o processo criminal, há risco de que tais passageiros sejam novamente incitados a dar versão distinta dos fatos, prejudicando a instrução criminal”. O processo foi encaminhado para o Tribunal do Júri de Taguatinga, onde irá prosseguir.

O Mais Goiás não conseguiu o contato da defesa dos acusados. O espalo segue aberto.

Acidente

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o veículo era irregular e, por isso, seguia viagem escoltado após passar pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pouco depois de Águas Lindas de Goiás. Ainda conforme a nota, o motorista teria acelarado para tentar fugir dos fiscais da ANTT, quando perdeu o controle da direção.

“A Agência esclarece que, em nenhum momento, houve perseguição por parte da equipe da Agência. Na fiscalização no posto da PRF, além de constatar a falta de autorização para transporte, foi identificado que o veículo estava sem seguro e com os pneus carecas.” O motorista prestou depoimento após o acidente, na noite de sábado. Chovia durante o acidente.

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