ALERTA SONORO

Mabel justifica ausência de alerta durante forte chuva em Goiânia: “somente em situações muito severas”

Chuva registrada no domingo (2) causou alagamentos, quedas de árvores e interdições de vias em diversas regiões da capital

A forte chuva que atingiu Goiânia na noite de domingo (2) causou alagamentos, quedas de árvores e interdições de vias em diversas regiões da capital. Apesar da intensidade, a Defesa Civil não chegou a emitir o alerta sonoro de emergência, o que gerou questionamentos sobre a falta de aviso prévio diante da gravidade dos estragos. Ao responder um morador nas redes sociais, o prefeito Sandro Mabel explicou que a decisão de não acionar o alerta foi técnica e baseada em critérios da Defesa Civil. Segundo ele, o mecanismo só deve ser utilizado em situações consideradas “muito severas”, para não perder a credibilidade junto à população.

“Na avaliação da Defesa Civil, não precisava soar o alerta. Ele não pode ser tocado por qualquer coisa, somente em condições muito severas, senão ninguém irá prestar atenção. Quando tocar, as pessoas saberão que realmente é urgente”, afirmou Mabel.

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Mesmo sem o alerta sonoro, o prefeito disse que as equipes municipais foram mobilizadas para agir nos pontos mais afetados pela chuva. “Estamos com uma intercorrência de uma chuva muito forte. Os pontos críticos estão fechados e as equipes foram posicionadas. Não teve nenhum carro preso em alagamento, mas é muito importante que vocês não saiam de casa. Quem estiver fora, atenção. Temos diversas árvores caídas em cima de redes elétricas”, declarou em vídeo publicado no Instagram.

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Alagamentos e danos estruturais

Durante a forte chuva, foram registrados alagamentos na Rua 87 (Setor Sul), em uma viela no Setor Aeroporto e na Rua Aracaju (Parque Amazônia). Uma árvore caiu e interditou uma via no Alto da Glória, enquanto a fachada do Vapt Vupt da Avenida Mangalô, na região Noroeste, desabou. Também houve o colapso de uma parede de galpão no Anel Viário.

De acordo com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a cidade teve 13 ocorrências de quedas de árvores e 19 de galhos em diferentes pontos. Segundo dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), Goiânia registrou índices expressivos de precipitação em vários pontos da cidade. Os maiores volumes ocorreram no Setor Perim (141 mm); Garavelo (135 mm); Setor Sul (114,6 mm); Campinas (108,2 mm) e Câmara Municipal de Goiânia (105,2 mm).

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