OPERAÇÃO "PEIXE FALSO"

Membros de associação criminosa são presos por furtos e receptação de máquinas agrícolas em Goiás

Suspeitos alugavam propriedades rurais com documentos falsos

A Polícia Civil prendeu três membros de uma associação criminosa investigada por furtos e receptação de máquinas agrícolas em Goiás e em outros estados, nesta quinta-feira (21). A Operação “Peixe Falso” cumpriu seis mandados judiciais em Goiânia, Rio Verde, Pirenópolis e Trindade.

O Mais Goiás não localizou a defesa de Gabriel Henrique Lopes de Almeida, Gilnei do Carmo Pereira Júnior e André Luis Sá Fagundes. O espaço está aberto.

Os suspeitos alugavam propriedades com documentos falsos com a justificativa de serem criadores de peixes e alegavam que precisariam perfurar tanques para a criação de alevinos no local. Após o aluguel, o grupo contratava empresas que tinham retroescavadeiras e outras máquinas para perfurar os tanques.

No entanto, devido à quantidade de tanques a serem perfurados, as empresas deixavam as máquinas na propriedade rural para a continuidade do serviço no dia seguinte. Quando os proprietários das máquinas retornavam para a fazenda para continuar os trabalhos, as máquinas já não se encontravam mais no local.

Após o furto das máquinas, os investigados não eram mais encontrados e as vítimas descobriam que toda a documentação utilizada tanto para o aluguel da propriedade, como para a contratação das retroescavadeiras eram falsas ou pertenciam a terceiros que não tinham vínculo com a organização criminosa.

Investigação

Segundo a Polícia Civil, também foi preso o receptador dos maquinários furtados, responsável por repassar máquinas agrícolas de origem criminosa para pessoas de outros estados. Em depoimento, o suspeito confessou que uma das máquinas furtadas na cidade de Goianira foi vendida por R$ 200 mil a um garimpo no Pará.

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) informou que já havia cumprido três prisões temporárias e quatro buscas em residências e empresas nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e em uma cidade de Palmas, no estado de Tocantins.

A divulgação das imagens e identificação dos presos foi precedida nos termos da Lei n°. 13.869/2019, portaria n° 547/2021-PC. Conforme a corporação, um dos indivíduos seria um dos maiores receptadores da região metropolitana de Goiânia, o que poderá auxiliar na identificação de possíveis novas vítimas e testemunhas.