‘Não podemos ficar sem emergência’: moradores protestam no Cais Amendoeiras, em Goiânia
Moradores temem falta de atendimento de urgência e superlotação em outras unidades

Moradores da região leste de Goiânia protestaram na manhã desta segunda-feira (6) contra a reestruturação dos atendimentos do Cais Amendoeiras, que deixou de atender urgências e emergências na última quinta-feira (3). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a medida faz parte da reestruturação da rede, que transformou o Cais Chácara do Governador em UPA e adequou o Amendoeiras ao modelo do Ministério da Saúde. O ato reuniu profissionais da saúde, lideranças comunitárias e moradores de vários bairros que temem ficar sem assistência.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram que a Prefeitura mantenha o atendimento de urgência no local. Eles afirmam que o encerramento do serviço deixará milhares de pessoas desassistidas e deve aumentar a superlotação em outras unidades da capital. “O Cais Amendoeiras é referência para toda a região. Não podemos ficar sem atendimento de emergência”, disse uma moradora que participou do protesto.
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Cais Amendoeiras passa por mudanças para se adequar ao modelo do Ministério da Saúde
De acordo com informações repassadas aos profissionais da unidade, o Cais passará a funcionar apenas como ambulatório, sem pronto-atendimento. A mudança faz parte de um processo de reestruturação da rede municipal, que busca adequar o modelo de atendimento aos protocolos da Rede de Atenção às Urgências e Emergências e ampliar a integração entre as unidades de saúde.
Segundo a pasta a alteração também permitirá a captação de recursos federais destinados a unidades ambulatoriais, contribuindo para o custeio e manutenção dos serviços. No entanto, a decisão tem causado preocupação entre os moradores, que temem perder o acesso rápido a atendimentos emergenciais na região.
Os manifestantes prometem manter a mobilização até que a prefeitura apresente uma alternativa que garanta a continuidade do atendimento de urgência no Cais Amendoeiras.
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