Operação contra fraudes do PCC em combustíveis mostra quem são os “verdadeiros empresários”, diz Sindiposto-GO
Entidade afirma que ação da PF recupera imagem de empresários honestos e beneficia o consumidor

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO) manifestou apoio à Operação Carbono Oculto, deflagrada nesta quinta-feira (28/8) pela Polícia Federal em Goiás e outros nove estados. A investigação tem como alvo um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis, envolvendo sonegação fiscal, adulteração de produtos e lavagem de dinheiro por meio de fintechs e fundos de investimento.
Em nota enviada ao Mais Goiás, o Sindiposto classificou a operação como “fundamental para o fortalecimento do mercado e da confiança no setor”. Para a entidade, a ação da PF ajuda a separar os “verdadeiros empresários”, que atuam com transparência e cumprem as obrigações fiscais, dos “falsos empresários”, que recorrem a práticas ilícitas e prejudicam o mercado.
LEIA MAIS
Diretor avisou caminhoneiros sobre operação em Goiás: ‘todos na casinha’
PF cumpre 200 mandados contra PCC por fraudes bilionárias em GO e 9 estados
Produtor musical de famosos é alvo da PF por suposta participação em esquema de fraudes do PCC
‘Benefício ao consumidor’
O sindicato também ressaltou que o combate às fraudes beneficia diretamente o consumidor. “A ação vai garantir que o consumidor tenha acesso a combustíveis de qualidade, na quantidade correta, com segurança e com todos os tributos recolhidos, promovendo uma concorrência justa, fundada em integridade, que beneficie o consumidor com preços adequados e qualidade assegurada”, destacou a entidade.
O Sindiposto reafirmou ainda seu compromisso com o mercado legal, a ética empresarial e a defesa dos direitos dos consumidores. “Acreditamos que essas ações contribuem para um ambiente de negócios mais saudável, competitivo e confiável”, concluiu a nota.
Contexto da operação
Deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público e a Receita Federal, a Operação Carbono Oculto investiga um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis. As apurações apontam que o grupo teria movimentado R$ 17,7 bilhões em importações, com sonegação de R$ 1,4 bilhão em tributos federais e adulteração de combustíveis com metanol.
Ao todo, foram cumpridos 200 mandados de busca e prisão em nove estados brasileiros, incluindo Goiás, com a participação de cerca de 1,4 mil agentes federais. Apenas em Senador Canedo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em distribuidoras.
As suspeitas incluem a atuação de facções criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital), no controle de empresas de fachada usadas para importação de combustíveis, além do uso de fintechs e fundos de investimento para lavagem de dinheiro.
A operação também revelou que ao menos 300 postos de combustíveis teriam participado das fraudes, afetando a concorrência no mercado e trazendo riscos à segurança dos consumidores.