Operação prende 16 por garimpo ilegal e trabalho análogo à escravidão, em Goiás
Dezesseis pessoas foram presas em uma operação após uma denúncia anônima que revelou um garimpo…

Dezesseis pessoas foram presas em uma operação após uma denúncia anônima que revelou um garimpo ilegal de ouro funcionando de forma clandestina em Lua Nova, distrito de Matrinchã-GO, às margens do Rio Ferreira, nesta quarta-feira (15). Durante a abordagem, um dos integrantes tentou subornar a equipe do Batalhão de Polícia Militar de Operações Ambientais (BPMOA), oferecendo cerca de R$ 15 mil, caracterizando o crime de corrupção ativa.
No local, os militares, encontraram diversos homens que atuavam em condições insalubres, sem equipamentos de proteção individual, situação considerada análoga à escravidão. De acordo com a corporação, a falta de proteção adequada aumenta o risco de acidentes e agrava a exposição a produtos químicos usados na extração, como o mercúrio, altamente tóxico e nocivo ao meio ambiente e à saúde pública.
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No garimpo, foram apreendidos diversos materiais utilizados na extração do ouro, incluindo um pote de mercúrio, onze tapetes de lavra, quatro bateias, uma retroescavadeira e uma escavadeira, além do valor oferecido como suborno. De acordo com a corporação, presença de mercúrio e o manejo inadequado do solo e da água configuram graves crimes ambientais.

Todos os envolvidos, juntamente com os equipamentos e valores recolhidos, foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal, onde foram tomadas as medidas legais cabíveis.
A Polícia Militar reforça que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas de forma anônima pelo telefone (62) 9 9611-2182. A corporação alerta que atividades ilegais como garimpo sem licença, exploração de trabalhadores em condições precárias e tentativa de suborno serão investigadas e punidas rigorosamente.
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