CONDIÇÕES DEGRADANTES

Paciente de clínica de Valparaíso escreve carta com pedido de socorro; funcionário é preso

Polícia encontrou mais de 30 pessoas internadas em condições degradantes e sinais de maus-tratos no centro de reabilitação

“Me ajuda, quero ir embora. Só quero sair daqui, arrumar um bom emprego, alugar uma kitnet, convidar a ….. para morar comigo, casar com ela, ter filhos e continuar a minha vida”. Foi com essas palavras que um paciente pediu socorro e chamou atenção da Polícia Civil para que investigasse o Centro de Reabilitação Serenidade, em Valparaíso de Goiás. Na quinta-feira (16), os policiais realizaram uma operação no local e prenderam o responsável técnico da clínica, suspeito de aplicar medicamentos controlados de procedência duvidosa nos pacientes.

A operação foi realizada após uma vistoria anterior do Ministério Público de Goiás (MPGO) que constatou mais de 30 pessoas internadas em condições degradantes, sem assistência médica e em situação de vulnerabilidade. Ao retornar ao local, a equipe percebeu que quase todos os pacientes haviam sido tirados às pressas, possivelmente para tentar esconder as irregularidades.

Mais de 30 pessoas estavam internadas em condições degradantes. Polícia investiga maus-tratos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Durante a investigação, os policiais encontraram e apreenderam medicamentos controlados armazenados de forma irregular, sem validade ou prescrição, além de carteiras de cigarro de origem estrangeira sem documentação fiscal.

O responsável técnico foi autuado em flagrante por manter e manipular medicamentos de procedência ignorada nos pacientes. Um inquérito policial separado foi instaurado para apurar outros crimes, como possíveis maus-tratos e exercício ilegal de profissão.

Policiais encontraram e apreenderam medicamentos controlados armazenados de forma irregular, sem validade ou prescrição (Foto: Polícia Civil)

A ação ocorreu de forma integrada com a Secretaria Estadual de Saúde (Suvisa/SES), Creas Municipal e com o apoio da 1ª DDP de Valparaíso. A Polícia Civil destacou que as investigações continuam.

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