OCORRÊNCIA

Pai e mãe são suspeitos de maus-tratos após morte de bebê, em Goiânia

Relato de médicos sobre as circunstâncias da morte do bebê coloca pais como principais suspeitos

Os pais de um bebê de quatro meses foram encaminhados à Central de Flagrantes em Goiânia neste sábado (6), suspeitos em provocar a morte da própria filha, que tinha 4 meses de vida. A criança deu entrada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) na última sexta-feira (5) após apresentar uma crise convulsiva.

De acordo com a Polícia Militar, a médica que relatou a ocorrência destacou que não foi a primeira vez que a criança havia dado entrada no hospital e que a versão alegada pela mãe não condiz com o estado de saúde apresentado pela criança.  O Mais Goiás tentou contato mas não conseguiu falar com a profissional. 

A progenitora havia dito que a criança caiu do bebê conforto dando início a crise convulsiva. De acordo com a médica, a criança estava com um trauma na cabeça e outras lesões por diferentes partes do corpo. 

“Segundo a profissional, a criança foi diagnosticada com um trauma na cabeça e outras lesões pelo corpo e nos olhos. Todavia, as lesões não condizem com a história passada pela mãe, uma vez que esta diz não saber sobre a procedência de algumas lesões e não sabe explicar outras”, destaca um trecho do relato da PM.

A mãe tem 19 anos e o pai, 22 e moram em Aparecida de Goiânia. Eles são pais de gêmeos. De acordo com fontes do portal, o Conselho Tutelar do município acompanha o caso desde a sexta-feira, quando o hospital fez a primeira notificação. Os conselheiros relatam ao Mais Goiás que a irmã tem sido bem cuidada.

Agora, a Polícia Civil irá investigar o assunto. Como a vítima da ocorrência é menor de idade, a corporação não revela detalhes da ocorrência. Um relato preliminar da corporação, assinado pelo delegado que acompanha o caso e que o Mais Goiás teve acesso indicou que os fatos apresentados não apresentavam “forma consistente de possível delito”. Aos agentes, os pais da criança negaram que tivessem agredido fisicamente o bebê.

Eles declararam que no dia 5 de janeiro, a criança havia engasgado com leite materno o que teria gerado o atendimento médico, além de confirmado o fato de que meses atrás a criança havia caído do bebê conforto.