ATRAÇÃO

Pirarucu de 2 metros chama atenção de moradores em Parque do Setor Jaó

Um peixe da espécie pirarucu se tornou uma atração para os moradores da região do…

Um peixe da espécie pirarucu se tornou uma atração para os moradores da região do Parque Liberdade, no Setor Jaó, em Goiânia. O animal, que tem quase dois metros de comprimento, é considerado dócil pelos visitantes.

De acordo com os moradores da região, o pirarucu era criando em um aquário por uma mulher, que o deixou no lago após se mudar para São Paulo. Desde que descobriu o animal, a enfermeira Alyenne Paiva conta que vai ao parque todos os dias com a filha e que leva alimentos para o peixe.

“Ele chega pertinho. A gente traz pãozinho, o que tiver. Alguma frutinha. Ele come tudo“, disse a enfermeira.

Durante uma chuva forte recente na região, o lago transbordou e o animal ficou preso na calçada do parque. Ele precisou ser ajudado por moradores para ser levado de volta para a água.

Habitat natural

Uma equipe de biólogos da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) estiveram no lago no último sábado (12) e constataram que o peixe é jovem e deve pesar em torno de 70kg. A bióloga Vanessa de Castro explicou que o animal pode chegar a três metros de comprimento e pesar mais de 200 kg.

“Ele não está no habitat natural dele. Ele vive na região amazônica e na região do Araguaia. Ele estando aqui é prejudicial para ele, que é um animal que vai crescer. Também é ruim para os animais nativos daqui, pois gera uma competição entre eles”, disse a bióloga.

A espécie é ameaçada de extinção. O pirarucu é o maior peixe de água doce do mundo. A Amma informou que deve levar o animal para seu habitat natural nos próximos dias.

Ao Mais Goiás, a agência explicou que montou um planejamento para a transferência do peixe, em que precisará do apoio da equipe do Departamento de Piscicultura da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O pirarucu deverá ser levado para o lago do Jardim Botânico de Goiânia em breve, já que o local possui uma população de piranhas da região amazônica que servirão de alimento.

A notícia da transferência deixou a Laís Neres, de 6 anos, triste. Ela visita o lago todos os dias com o pai. Mas, a menina diz entender que a mudança será melhor para o animal. “Vou sentir falta dele, mas ele tem que viver em um lugar maior”, disse a menina.