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PMs são investigados por sequestro e extorsão contra um suspeito em Goiânia

Um soldado e um sargento que trabalham em uma unidade especializada da Polícia Militar de…

Um soldado e um sargento que trabalham em uma unidade especializada da Polícia Militar de Goiás estão sendo investigados pela corregedoria da corporação por suspeita de extorquir um jovem que seria traficante de drogas. Familiares denunciaram ter pago mais de R$ 20 mil aos dois PMs, que ainda estariam exigindo outros valores para que o jovem não fosse preso.

Uma mulher foi quem procurou a Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) no início desta semana para denunciar que seu neto tinha sido sequestrado no último dia 20 de janeiro após marcar um encontro com uma suposta garota que conheceu no Instagram. Ao marcar um encontro, o jovem foi rendido, algemado e agredido por dois homens armados, que estavam em um HB20 cinza, e que se apresentaram como policiais. Posteriormente, eles exigiram o pagamento de R$ 20 mil em dinheiro para que o jovem, acusado por eles como sendo traficante de drogas, fosse liberado.

Desesperada, a família conseguiu o dinheiro, e o refém foi solto; mas, dois dias depois, ainda segundo denúncias da avó, os homens exigiram um PIX de R$ 1.500 para que ele não fosse preso. O valor foi repassado por uma irmã do jovem, mas, na segunda-feira (24), os homens que se apresentavam como policiais voltaram a pedir mais R$ 5 mil.

No local combinado para a entrega do valor, na Alameda dos Rouxinóis, no Parque das Laranjeiras, uma equipe da Rotam abordou dois suspeitos, que estavam em um Fiat Argo preto. Após se identificarem como policiais da CME, o soldado, que tem 34 anos, e o sargento, que tem 33 anos, disseram que estavam monitorando um traficante que mora na região. O nome desse suposto traficante relatado por eles aos colegas da Rotam é o mesmo do jovem que segundo a família vinha sendo extorquido.

Extorsão: policiais tinham quatro celulares e mais de R$ 9 mil em dinheiro

No momento em que foram abordados, os dois PMs estavam, cada um, com dois celulares de última geração. O sargento também levava nos bolsos R$ 7.227, e o soldado R$ 2.094. Indagados, eles afirmaram que o dinheiro era proveniente de um comércio que ambos têm em sociedade.

O sargento e o soldado foram encaminhados pela equipe de Rotam para a Corregedoria da PM, que agora irá investigá-los por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM). Como não houve flagrante, eles foram liberados após o depoimento. A corporação ainda não se pronunciou sobre as acusações que pesam contra os dois policiais.