Dono de uma empresa de locação de caçambas em Goiânia, Paulo Reinom Vieira de Aguiar, de 48 anos, era tido como um empresário de sucesso, com casa em condomínio de alto luxo, fazendas e carros importados. A real atividade de Paulo, porém, segundo a polícia, era o tráfico de drogas, sendo ele apontado como o “Barão da Pasta Base de Cocaína” em Goiás.
Foi a partir da apreeensão em 22 de fevereiro de 42,6 quilos de pasta base de cocaína, que a polícia chegou ao nome de Paulo. Segundo o delegado Alécio Moreira, titular da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), a droga iria para São Paulo. “A partir dessa apreensão, nós cruzamos as informações e descobrimos que ele comprava a pasta base no Pará e a distribuía em Goiânia e São Paulo”, relatou.
Para não levantar suspeitas, Paulo Reimon trabalhava normalmente em sua empresa de caçambas, montada, ainda de acordo com a polícia, com o dinheiro provenitente do tráfico.
Na operação desencadeada na manhã desta sexta-feira (08/04), as equipes da Denarc prenderam preventivamente, além de Paulo Reimon, André Luiz Garcia Munhoz, de 65 anos, Gilberto Vieira Alves Filho, de 65 anos, Francisco Ricardo Gonçalves, de 35 anos, Charles Alves Morais, de 42 anos, Rogério Mendes dos Santos, de 32 anos, Tatiane Pereira Guimarães, de 22 anos, e um condenado que já cumpre pena em Aparecida de Goiânia, mas que não teve o nome divulgado.
Em uma casa no Bairro Goiás – que funcionava como laboratório de refino de drogas – e que teria sido alugada por Paulo Reimon, a polícia apreendeu 68 quilos de ácido bórico e 1,5 quilos de cocaína. Nove carros e um caminhão também foram apreendidos com os suspeitos, sendo que somente dois veículos, pertencentes à Paulo, custam juntos mais de R$ 500 mil.
O próximo passo da polícia, segundo o titular da Denarc, é solicitar junto ao Poder Judiciário o confisco dos bens adquiridos com o dinheiro do tráfico. “Nós já temos alguns documentos de propriedades de alto padrão, como casas e fazendas, assim como de veículos e muito dinheiro em conta bancária”, relatou.
Paulo Reimon, que já foi condenado por tráfico de drogas e roubo a bancos em São Paulo, morava há dez anos em Goiânia, e atualmente era monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica.