INVESTIGAÇÃO

“Preto não é gente”: adolescente de Orizona praticou ato análogo a racismo, diz polícia

"Procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário para aplicação de medida socioeducativa cabível", diz delegado

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava um estudante de 14 anos por ofensas a uma professora de Orizona, região sul do Estado. Com o fim da investigação, a corporação entendeu que ele cometeu ato infracional análogo aos crimes de injúria racial e racismo contra a docente.

Esta informação foi confirmada, em vídeo ao Mais Goiás, pelo delegado Kennet de Souza. “O procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário para aplicação de medida socioeducativa cabível”, disse na gravação. Segundo ele, foram ouvidas testemunhas, além da vítima e do próprio adolescente.

As ofensas teriam ocorrido em abril e maio deste ano, na Escola Municipal Francelino Nunes de Paula. À época, segundo o delegado, o adolescente escreveu bilhetes com frases racistas, incluindo “preto não é gente”, e se referiu à vítima como “a preta” na frente de outros alunos.

O caso chegou ao conhecimento da polícia após a professora, com o apoio da direção da escola e de testemunhas, registrar um boletim de ocorrência por injúria racial. Vale ressaltar, por se tratar de menor, a Justiça não considera a ação crime, mas “ato infracional”. A identidade dos envolvidos não foi divulgada.