Primo de Caiado e médico de renome: quem é o cardiologista que atende Bolsonaro na PF
Brasil Ramos Caiado é filho de Brasílio Caiado, tio do governador de Goiás. Diferente do primo, nunca disputou uma eleição
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ratificou nesta terça-feira (2) a autorização para que seis médicos previamente cadastrados atendam Jair Bolsonaro na superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente está preso, sem a necessidade de consentimento do STF. Um desses médicos é Brasil Ramos Caiado, primo do governador Ronaldo Caiado. Brasil é um dos profissionais de maior renome em cardiologia no país.
Brasil vem de uma família com tradição na política. O avô foi governador, o pai, Brasílio Caiado, foi deputado federal quatro vezes e prefeito da cidade de Goiás (entre 1961 e 1966). O médico nunca pleiteou cargo público, mas tem uma relação estreita com a política, não apenas em razão dos vínculos familiares, como também por ter ex-governadores, senadores e deputados entre os seus pacientes.
“Nossa família tem uma alta incidência de pessoas na política, na medicina e no campo”, disse Brasil em entrevista a Roseann Kennedy em 2018. “Tenho muitos primos, parentes, que são proprietários rurais, assim como eu mesmo. No campo da medicina e da política a gente tem uma tradição de mais de um século. Nós tivemos, em todo o século XX, fora os períodos de exceção, algum representante da família no exercício de um mandato, principalmente no parlamento”.
O médico explicou por que não quis seguir na política. “Meu pai fazia política 24 horas por dia, por paixão. A gente cresceu em casa conversando sobre os momentos políticos do país, agora eu pessoalmente, desde que entrei na faculdade de medicina aos 17 anos, percebi que tinha um prazer muito grande pela medicina. E via que meu pai e parentes próximos em algum momento se afastaram da medicina para fazer política, que a conjugação dessas duas profissões não é fácil. E eu preferi a dedicação integral à política por amor, mesmo”.
Assista à entrevista do cardiologista
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