Produtor musical nega envolvimento com fraudes investigadas pela PF em Goiás
Ivan Miyazato garante que não tem ligação com supostos esquemas do PCC, e que seus negócios são lícitos e transparentes

A defesa do produtor musical Ivan Miyazato divulgou nota oficial após a repercussão de que seu cliente estava sendo investigado na Operação Carbono Oculto, deflagrada na manhã de quinta-feira (28/8), em Goiás e outros 9 estados, pela Polícia Federal (PF). Advogados afirmam que estavam cientes da apuração e informaram que não há qualquer prova que ligue Miyazato aos supostos esquemas da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Apesar disso, autos do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) do Ministério Público de Goiás, mostram que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) solicitou a execução de medida cautelar para afastamento dos sigilos bancário e fiscal da empresa Miyazato Music Produções e dos seus respectivos sócios. Aberta há 18 meses, a companhia tem Miyzato como sócio de Jonas Silva Correa, conhecido por Gordão, braço direito do PCC e condenado a 39 anos, como diretor da empresa.
LEIA MAIS
Sindiposto defende ação da PF no setor de combustíveis em Goiás
Produtor musical de famosos é alvo da PF por suposta participação em esquema de fraudes do PCC
Sociedade é licita, afirmam advogados
Sobre essa sociedade, a defesa mencionou que “que se trata de uma sociedade formal, composta por sócios com direitos e deveres conforme a legislação civil e empresarial, e que suas receitas decorrem exclusivamente da prestação de serviços lícitos e comprovadamente realizados”. Advogados também destacam que o produtor é reconhecido por suas obras premiadas e possui reputação consolidada no mercado.
O escritório afirmou que Ivan Miyazato segue à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.
NÃO DEIXE DE LER
Diretor avisou caminhoneiros sobre operação em Goiás: ‘todos na casinha’
Combustíveis: PF cumpre 200 mandados contra PCC por fraudes bilionárias em GO e 9 estados
Maior operação do país
A operação, considerada uma das maiores do país no combate a fraudes bilionárias, envolve investigações sobre lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e tributária. Ao todo 350 pessoas e empresas estão sendo investigadas por suspeitas de integrarem o esquema controlados pelo PCC.
Na ação foram cumpridos 200 mandados de busca, apreensão e prisão que além do território goiano aconteceram em São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A ação é coordenada por órgãos como o Ministério Público de São Paulo (GAECO), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e as polícias Civil e Militar de São Paulo.

A ofensiva no estado, foi coordenada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em apoio ao Ministério Público de São Paulo e ao Ministério Público Federal. Também participaram a Receita Federal e a Polícia Militar. Em Goiás as diligências ocorreram em Senador Canedo, onde foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em empresas do setor de combustíveis.
Leia na íntegra a nota do escritório Moura, Mussi e Bertoni
“A defesa do Ivan Miyazato vem a publico informar que já havia sido informada da investigação noticiada pela mídia na data de hoje. Em relação aos fatos expostos, a defesa de Miyazato registra que nao há qualquer prova de ligação do Produtor Musical com esquemas da referida facção.
Ivan Miyazato é reconhecido nacionalmente por suas premiadas produções musicais, mas possui ainda mais crédito no mercado pela lisura e honestidade com que trata seus negócios e projetos.
A respeito da Empresa Miyazato Music, a defesa esclarece que a sociedade é formada por sócios que possuem direitos e deveres decorrenres da legislação civil e empresarial, sendo certo que as suas receitas decorrem da prestação de serviços lícitos e comprovadamente realizados.
O escritório Moura, Mussi e Bertoni informa que o Produtor Musical Ivan Miyazato segue à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.”
LEIA TAMBÉM
Goiás tem 45 “emendas pix” sob investigação da PF; valores chegam a R$ 24 milhões
Emendas Pix jogam 12% do investimento federal no escuro