Paralisação

Professores e servidores da UFG aderem a greve nacional do serviço público

Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária promovida pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado…

Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária promovida pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado de Goiás (Adufg-Sindicato) no último dia 4, os profissionais de educação da UFG decidiram paralisar as atividades no dia 18 de março em consonância com a greve geral em defesa dos direitos e dos serviços públicos. Durante o encontro, que aconteceu no começo do mês, os professores ressaltaram a importância da mobilização no combate ao projeto político de precarização dos serviços públicos pelo governo federal.

Em comunicado no site oficial da Adufg, o presidente da entidade, professor Flávio Alves da Silva, apontou que o salário dos docentes está defasado em 30%. Além disso, segundo ele, com a Reforma Administrativa e da Previdência – esta última já implementada –, a situação deve piorar.

“Com todos os cortes que o governo está fazendo, vamos perder pelo menos 60% do nosso salário. Por isso, é fundamental que a paralisação seja geral. Ou nós lutamos para manter a universidade pública ou vamos perder tudo. Pedimos a todos os professores que, neste dia, desmarquem seus compromissos, reuniões e aulas. Dia 18 é dia de ir pra rua, não é dia de ir pra UFG”, convocou.

Destaca-se que, nesta sexta-feira (13), às 14h, o sindicato realiza mais uma assembleia com os professores. Desta vez, o intuito é definir outras ações de mobilização em defesa dos direitos e dos serviços públicos. Serão debatidas: as PECs 186 (impede o crescimento das despesas obrigatórios da seguridade social da União), 187 (institui reserva de lei para criar fundos públicos e extinguir os não ratificados), 188 (afeta o programa do livro e material didático), a Reforma Administrativa e as estratégias de mobilização para a greve geral em defesa dos direitos e dos serviços públicos.

União

A paralisação faz parte de uma greve geral que acontecerá em âmbito nacional. Não somente paralisação de professores, mas do funcionalismo público. De acordo com a assessoria da Adufg, cada Estado tem sua autonomia para realizar o movimento – inclusive, cada universidade.

O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-IfesGO) também aderiu à paralisação. Por meio de nota, a entidade informou que, “em assembleia geral realizada no prédio da reitoria da UFG, na última terça-feira (10), os trabalhadores técnico-administrativos(as) em educação de ensino superior do estado de Goiás aprovaram um calendário de lutas para o mês de março. O fechamento da mobilização será a greve nacional da educação, que acontecerá no dia 18 de março”.

Ainda segundo o Sint-IfesGO, foram aprovadas a realização de atividades nas unidades como forma de mobilização naquela data, com as bandeiras “luta pela democracia, defesa do serviço público e o ataque às medidas antipovo do governo Bolsonaro”. Segundo Fernando Mota, coordenador geral do sindicato, o ato é fundamental para sinalizar que as medidas tomadas pelo governo federal com relação ao serviço público não são de interesse dos trabalhadores.

“As reformas formuladas pelo governo Bolsonaro e sua equipe econômica acabam com diversos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Não é possível oferecer um serviço público de qualidade, do qual a maioria da população depende, sem valorizar as pessoas que fazem ele acontecer. Não vamos permitir que nossos direitos sejam retirados”, concluiu.

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico) também foi procurado, mas não houve retorno.