Sapatos expostos em ato por visibilidade da Síndrome da Fadiga Crônica serão doados em Goiás
Condição é caracterizada por uma fadiga extrema e persistente que não melhora com repouso
Serão doados 950 pares de sapatos arrecadados para instituições sociais de Goiânia e Senador Canedo nesta sexta-feira (16) e sábado (17). A ação ocorre após a campanha Vidas Invisíveis ocupar simbolicamente o gramado da Esplanada dos Ministérios e expor os calçados, no último dia 13 de maio, para dar visibilidade à Encefalomielite Miálgica (EM/SFC), conhecida Síndrome da Fadiga Crônica, que chega a mais de 1,5 milhão de pessoas que vivem com a condição.
Os sapatos vão beneficiar as famílias atendidas pela APC+ (Associação de Acolhimento à Pessoa com Paralisia Cerebral e outras deficiências) e pela Peregrinação Fraterna Irmã Dulce. “A entrega reforça a importância de transformar simbolismos em ações concretas e mostra a força de quando nos unimos em torno de um propósito”, destaca a psicóloga e idealizadora da campanha, Ivana Andrade, de 35 anos.
As entregas ocorrem na sede da APC+, no setor Sul, na sexta-feira (16), às 8h; e no Posto Ipiranga Botânico, em frente ao Jardim Botânico, no Jardim Santo Antônio, no sábado, às 7h50.
Síndrome da Fadiga Crônica
Sobre a Síndrome da Fadiga Crônica, trata-se de uma condição clínica caracterizada por uma fadiga extrema e persistente que não melhora com repouso. Ela, inclusive, pode ser incapacitante e afetar a qualidade de vida da pessoa. “A ausência de políticas públicas aprofunda o sofrimento dessas pessoas, que convivem com sintomas graves e, muitas vezes, sem sequer ter um diagnóstico correto”, afirma a psicóloga Ivana Andrade.
Entenda:
É uma doença grave, crônica e impactante, caracterizada por uma fadiga extrema e persistente, que não melhora após o repouso.
Sensação de cansaço excessivo que dura mais de seis meses e não melhora com repouso, mal-estar profundo após esforço (físico ou mental), falta de ar e sensibilidade sensorial.
Causa exata é desconhecida, mas os estudos apontam que as possíveis causas são: infecção viral, infecção bacteriana, comprometimento do sistema imunológico, desbalanço hormonal, mudança na produção de energia celular ou fatores genéticos.
No Brasil, ainda não há protocolo oficial para EM/SFC. Porém, a comunidade internacional indica como principais abordagens o manejo de energia, o controle dos sintomas (como dor, sono, fadiga e disfunções autonômicas) e medidas não farmacológicas, como higiene do sono, suporte circulatório e alimentação adequada.