Sergipe: Dino assina demissão de PRFs que causaram morte de Genivaldo, em 2022
"Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas"
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou via Twitter que assinou a demissão de três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, um homem negro de 38 anos morto em Umbaúba (SE), a 101 km de Aracaju. “Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas”, declarou.
Ainda segundo o ministro, “estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”.
Genivaldo morreu em maio do ano passado depois de ser trancado no porta-malas da viatura da PRF onde os policiais detonaram uma bomba de gás lacrimogêneo. Segundo laudo do Instituto Médico Legal, à época, a vítima sofreu insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.
Relembre
Genivaldo de Jesus Santos morreu após abordagem na BR-101, quando pilotava uma motocicleta, em 25 de maio de 2022. Segundo um sobrinho, pediram que ele colocasse as mãos para o alto e o questionaram sobre comprimidos que levava no bolso. Ele sofria transtornos mentais, segundo a família.
A vítima teria ficado nervosa e questionou os policiais. Neste momento, os agentes fizeram uso de spray de pimenta, conforme o sobrinho, e o colocaram no porta-malas. Foi quando jogaram gás lacrimogênio e o asfixiaram.
O homem chegou a ser levado para a delegacia de Polícia Civil e depois para um hospital, mas não resistiu. Em nota, naquele momento, a PRF disse que abordado reagiu de forma agressiva e precisou ser contido com técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo.