APURAÇÃO

Servidora do TJGO é alvo de PAD por denúncias de assédio moral contra subordinados

A situação, conforme um servidor que preferiu não se identificar, é insustentável, pois a comissionada segue no cargo de chefia

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) abriu um processo administrativo disciplinar (PAD) para avaliar a conduta de uma servidora em cargo de comando por assédio moral contra subordinados no órgão. São mencionados na denúncia episódios de “gritos, humilhações públicas, imputações infundadas de erros, manipulação de informações, esvaziamento de atribuições, ameaças veladas de retaliação funcional, reuniões com constrangimentos coletivos e remanejamentos de servidores motivados por oposição ao(à) denunciado(a), circunstâncias essas que teriam instaurado ambiente de trabalho descrito como tóxico, opressor e adoecedor”.

A determinação do PAD é da juíza auxiliar da presidência, Lidia de Assis e Souza, no último dia 8 de agosto. A situação, conforme fontes que preferiram não se identificar, é insustentável, pois a servidora segue no cargo de chefia – ou seja, não foi afastada ou transferida -, apesar da apuração do caso. Destaca-se: consta no processo que foram identificados “indícios consistentes de práticas reiteradas de assédio moral (…) com ampla exposição de fatos e identificação de possíveis testemunhas”.

Ainda conforme as fontes, a denunciada tem “costas quentes” na Corte, tendo parentesco com um ex-presidente do TJGO. “O processo está em andamento e as testemunhas serão ouvidas. Contudo, ela não foi afastada preventivamente do cargo e está intimidando quem vai depor.” Eles afirmam, ainda, que, apesar de o PAD ser recente, a situação acontece há anos.

O PAD tem prazo máximo de 120 dias para a conclusão. É possível que esse tempo seja expandido, se a comissão responsável pela apuração não concluir os trabalhos no período. O Mais Goiás procurou o TJGO, que não comentou o caso por estar em sigilo.