STJ inocenta homem preso desde 2010 pela morte de ex-ministro em Brasília
Ele passou 15 anos preso, desde 2010 quando tinha 22 anos

Francisco Mairlon Barros Aguiar, condenado como um dos executores do “Crime da 113 Sul”, foi inocentado por decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e deixou o presídio na madrugada desta quarta-feira (15/10). Ele passou 15 anos preso, desde 2010 quando tinha 22 anos. Agora, Francisco tem 37 anos. O crime do qual ele era acusado ocorreu em 2009. O ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, sua esposa, Maria Carvalho, e a empregada da família, Francisca Nascimento, foram brutalmente assassinados a facadas no apartamento da família, em uma quadra nobre de Brasília.
“Não estou nem acreditando, o dia mais feliz da minha vida está sendo hoje. Muita gratidão a todas as pessoas que não desistiram de mim, a ONG Innocence que insistiu, ainda. Família, amigos, não sei nem o que falar” disse Francisco à TV Globo após ser liberado.
Na decisão do STJ, os ministros também trancaram a ação penal e anularam o processo desde o início. Sendo assim Francisco Mairlon, agora, não é condenado nem réu pelo crime. Ele havia sido condenado a 55 anos de prisão, que foi reduzida em segunda instância para 47 anos.
A decisão foi tomada com base em um pedido da ONG Innocence Project, organização internacional que busca reparar erros judiciais, que assumiu a defesa de Mairlon. Segundo a defesa, os depoimentos que incluíram Francisco Mairlon na cena do crime, dados pelo próprio Mairlon e pelo réu Paulo Cardoso Santana, foram colhidos mediante pressão e intimidação.
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