Suspeita de matar o companheiro é presa quase um ano depois do crime

Uma mulher de 53 anos foi presa preventivamente na semana passada pela Polícia Civil suspeita de matar, em abril do ano passado, em Goiânia, o homem com quem vivia há 15 anos. A vítima, de 45 anos, só teve os restos de seu corpo localizado quase seis meses após o desaparecimento, na zona rural de Indiara, cidade distante 128 quilômetros de Goiânia.

Uma filha da vítima foi quem procurou a polícia civil em dois de maio do ano passado e relatou estar o pai, de primeiro nome Luiz, desaparecido desde o final de abril. Questionada pelos policiais sobre o desaparecimento do companheiro, a mulher que morava com ele, identificada apenas como Marli, disse que não o via desde a manhã do dia 28, quando eles chegaram de um motel, e, segundo ela, Luiz teria se despedido, e saiu para se encontrar com uma filha.

“Naquela época nos já desconfiamos dela porque as imagens de câmeras de segurança da rua mostram quando o casal chegou, e em momento registra mostra o Luiz saindo do imóvel. Além disso, chamou a atenção também o fato de a investigada ter vendido a casa e o carro logo após o desaparecimento do companheiro, e se mudar sem avisar ninguém”, relatou o delegado Thiago Martimiano, chefe do Grupo Anti Sequestro (GAS), da Deic.

Na época, a Polícia Civil encontrou, com a ajuda de um produto específico, chamado iluminol, marcas de sangue na casa onde morava o casal, e também no porta malas do carro que já tinha sido vendido por Marli. Os restos mortais de Luiz, porém, só foram localizados pela polícia no dia 17 de outubro do ano passado, enrolados em um saco plástico. Na ocasião, a filha reconheceu a calça e o cinto como sendo de seu pai, mas a companheira dele, segundo o delegado, sequer foi ao velório e enterro.
Ao ser presa na semana passada, Marli confessou o assassinato. Ela responderá presa por homicídio qualificado, e ocultação de cadáver.