ASSÉDIO

Suspeito de importunação sexual em faculdade privada se apresenta à delegacia

O suspeito de importunação sexual contra três mulheres em uma faculdade particular de Goiânia se…

O suspeito de importunação sexual contra três mulheres em uma faculdade particular de Goiânia se apresentou espontaneamente à 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), na região Noroeste da capital, na quarta-feira (4). Ele foi acompanhado do advogado. O estudante de Engenharia Elétrica foi desligado da instituição de ensino.

A delegada Cássia Sertão, que apura o caso, disse que o suspeito negou as acusações. Como não há registro de vídeos dos assédios e, por enquanto, não apareceram testemunhas, os relatos das vítimas serão levados em consideração. A delegada explica que é comum em casos de assédio ou violência sexual a ausência de testemunhas.

“Como são relatos de três mulheres diferentes, com praticamente a mesma história, há peso nos relatos. Levamos isso em conta”, afirma. “De qualquer forma ouviremos novamente as vítimas e tentaremos achar testemunhas. Como todas as partes já se manifestaram, o trabalho fica um pouco mais fácil. Mas ainda aguardamos para ver se aparece mais vítimas”, conclui.

Caso seja comprovado o crime de importunação sexual, o suspeito pode receber pena que varia de um a cinco anos de prisão, em caso de condenação.

O Centro Universitário Alves Farias (Unialfa) anunciou, através de postagem nas redes sociais, datada de terça-feira (3), que desligou o estudante da instituição. Na nota, a faculdade diz que adotou todas as medidas previstas no regimento e “após cumprir as etapas previstas […], optou pelo desligamento do acusado, que já não integra o seu quadro discente”.

O assédio

Os crimes aconteceram em uma unidade da UniAlfa, localizada na Avenida Perimetral Norte, na Vila João Vaz. Os três relatos são semelhantes. O estudante de engenharia elétrica se aproximava das vítimas, dizia que a roupa delas estava suja e depois se oferecia para ajudar. Antes que elas pudessem responder, ele começava a passar a mão no corpo das vítimas, apalpando e agarrando sem consentimento, sobretudo nas pernas e nádegas.

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a instituição, mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para a livre manifestação da faculdade.