Trânsito reduz acesso a cerca de 2 mil vagas de emprego em Goiânia
Congestionamento reduz em 0,6% chances de empregos na capital goiana

Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou que, se não fosse o trânsito, a população de Goiânia teria acesso a duas mil oportunidades de emprego a mais em comparação com a situação de hoje.
Entre as 6h e 8h, os goianienses conseguem chegar a 345.999 locais de trabalho em intervalos que vão de 15 a 45 minutos. Num cenário em que o trânsito não fosse um problema, o trabalhador de Goiânia poderia chegar a 348.142.
O estudo, que recebeu o nome de “Os impactos desiguais do congestionamento urbano no acesso a empregos”, concluiu que o trânsito reduz em 0,6% as chances de acesso aos empregos em Goiânia.
“A medida de acessibilidade nos horários de pico leva em consideração não apenas a conectividade e o desempenho dos sistemas de transporte, mas também os padrões espaciais de colocalização entre pessoas e atividades”, apontou a pesquisa.
Acessibilidade
O estudo mostrou que as pessoas mais impactadas pelos congestionamentos não são as pessoas que moram no centro, pois há mais acessibilidade em viagens mais curtas. Além disso, a população de baixa renda realiza viagens mais longas do que a população de alta renda, sendo mais expostas à lentidão do trânsito e a diminuição de oportunidades.
Mesmo com a redução de 2 mil vagas de emprego, Goiânia indicou o menor impacto do congestionamento sobre o acesso a empregos. O Ipea indicou que das 20 cidades analisadas pela pesquisa, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília têm o maior impacto na redução de emprego em razão do trânsito.
As características da infraestrutura viárias são mantidas constantes nas análises durante o pico e fora do pico, a diferença de acessibilidade entre esses dois períodos permite isolar o efeito dos congestionamentos devido ao excesso de demanda de viagens motorizadas”, abordou o Ipea.