Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e Chácara do Governador vai virar UPA

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) recebe nesta segunda-feira (6/10) visita técnica do Ministério da Saúde para habilitar o Cais Chácara do Governador como Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De acordo com a pasta, a mudança tem como objetivo ampliar a capacidade de atendimento de urgência e emergência à população, além de permitir a captação de recursos federais para custeio e manutenção da unidade. Atualmente, o modelo híbrido de atendimento, que combinava serviços de urgência e eletivos, não está mais alinhado com a rede nacional de urgências, o que motivou a transformação da unidade em UPA. Outra alteração acontece no Cais Amendoeiras, que não terá mais atendimentos de urgência e emergência.

Segundo o secretário municipal de saúde, Luiz Pellizzer, a transformação visa aumentar a resolutividade da rede de urgências, permitindo que grande parte das demandas de saúde seja tratada sem a necessidade de hospitalização. “A UPA tem estrutura adequada para estabilização dos pacientes e tratamento de grande parte das demandas de saúde da população, sem a necessidade de hospital. A mudança facilita a possibilidade de cofinanciamento, parcerias e captação de recursos do governo federal”, disse.

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Atendimentos eletivos do Cais serão transferidos para o Cais Amendoeiras

Para ser habilitado como UPA, o Ministério da Saúde exige que a unidade ofereça exclusivamente atendimentos de urgência e emergência, voltados a casos que apresentem risco de vida, dor intensa ou possibilidade de complicações. Com isso, os atendimentos eletivos que antes eram realizados no Cais Chácara do Governador foram transferidos para o Cais Amendoeiras, que deixou de atender casos de urgência a partir de 3/10. O horário de funcionamento do local é das 8h as 17h.

A superintendente de redes de atenção à saúde da SMS, Camila Brum, detalhou que os tratamentos especializados em gastroenterologia, urologia, dermatologia e imunologia serão concentrados no Cais Amendoeiras, que oferecerá cerca de 700 consultas especializadas por mês. “O perfil do Amendoeiras é alterado para concentrar serviços especializados de forma eletiva”, afirmou.

Segundo Pellizzer, os Cais têm atualmente uma estrutura híbrida, criada por iniciativa municipal ou estadual, que mistura atendimentos ambulatoriais, serviços especializados e pronto-atendimento. “Esse modelo não está alinhado com a rede nacional de urgências, o que dificulta a implementação de protocolos integrados de regulação e transferência e o cofinanciamento das unidades”, explicou Camila Brum.

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