Deputado do chapéu leva bandeira dos EUA à tribuna da Alego e pede prisão de Alexandre de Moraes
Amauri Ribeiro faz discurso inflamado na tribuna e pede impeachment de Moraes

O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), conhecido por não se desgrudar de seu chapéu, protagonizou um ato polêmico durante a sessão da tarde desta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Vestindo uma gravata nas cores da bandeira do Brasil e colocando a bandeira dos Estados Unidos sob o púlpito, o parlamentar fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e chegou a defender não só seu impeachment como também sua prisão.
De acordo com Amauri, o Senado Federal tem sido omisso diante das ações do ministro, especialmente após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Falta um voto para ser colocado o impeachment de Alexandre de Moraes, um homem que não tem mandato, não foi votado e vem destruindo a democracia dessa nação. Chega, basta”, declarou.
O deputado também destacou que a presença da bandeira norte-americana foi justificada como um gesto simbólico. Para o parlamentar “do chapéu”, os Estados Unidos “estão fazendo o que o Senado brasileiro deveria ter feito há muito tempo”, imprimindo sanções ao ministro.
Amauri também destacou que não basta que os senadores trabalhem o impeachment de Moraes. “Queremos Alexandre de Moraes preso pelos crimes que cometeu. Não só ele, mas aqueles que apoiam o que ele faz”, completou.
O deputado também disse que não teme ser preso novamente. “Eu já fui preso e não tenho medo de ir à prisão. Eu prefiro viver preso num país livre do que viver livre num país preso. E nós estamos vivendo isso nessa nação, amedrontados e amordaçados por um sistema podre”, afirmou.
Durante o discurso, Amauri acusou Moraes de prender brasileiros por “crimes de opinião” e de promover uma perseguição política contra opositores. “Temos um deputado preso há mais de três anos por opinião. E ladrões confessos, como ex-detentos, soltos. O que estamos vivendo é vergonhoso para o Brasil perante o mundo”, disse.
Ele ainda comparou a atuação do STF a um sistema de justiça autoritário. “A última instância da Justiça se tornou a primeira e única. Prenderam um presidente que não cometeu crime algum e soltaram outro que foi condenado com milhares de provas”, afirmou, em referência a Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.