Mapa Astral de Preta Gil, a estrela que brilhou intensamente

Hoje o Brasil se despede, com comoção e reverência, de Preta Gil — cantora, atriz, apresentadora e ícone de coragem, representatividade e autenticidade. Ela faleceu ontem, aos 50 anos, vítima de um câncer que enfrentou com dignidade, fé e generosidade pública. Completaria 51 anos no dia 08 de agosto. Sua partida deixa um vazio impossível de preencher na música, na cultura e na luta por um Brasil mais acolhedor.

Nascida em 8 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, Preta Gil chegou ao mundo envolta em música e arte. Era filha de Gilberto Gil, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Com um berço tão sonoro quanto simbólico, cresceu cercada pela elite da cultura brasileira. Mas não foi fácil ocupar um lugar sob tantos holofotes. Preta travou batalhas internas, enfrentou padrões estéticos e sociais, e só se assumiu cantora aos 29 anos, encorajada por amigas como Ana Carolina e Ivete Sangalo.

De lá para cá, ela nunca mais parou. Seu primeiro álbum solo, Prêt-à-Porter (2003), trouxe não apenas sua voz, mas sua alma. Preta sempre esteve inteira em tudo que fazia — seja no palco, nas redes sociais, em entrevistas ou em seus tão esperados blocos e festas. O “Bloco da Preta”, o “Baile da Preta” e a “Noite Preta” reuniram milhões de fãs Brasil afora em celebrações à diversidade e à alegria.

Preta sob as estrelas: o mapa de uma alma radiante

Na astrologia, Preta Gil tinha Sol em Leão que traz a criatividade, o brilho, a exuberância. Outra característica marcante de preta era a generosidade leonina que transpareciam em cada gesto seu. Sua presença era solar, calorosa, corajosa. Quem esteve perto de Preta, mesmo que por segundos, sentia-se tocado por sua luz.

Com Ascendente em Touro, ela trazia estabilidade e sensualidade. Amava as boas coisas da vida: a música, os amigos, a família, a comida, a festa, tudo com intensidade e presença. Era uma taurina na maneira como cuidava dos detalhes, cultivava vínculos e valorizava o prazer de viver.

A Lua em Áries revelava sua garra emocional. Reações diretas, corações inteiros. Preta não era mulher de meias palavras. Verdadeira, amava intensamente, defendia suas causas com paixão e vivia cada emoção com autenticidade rara.

Um legado que resiste

Preta Gil parte cedo demais, mas deixa um legado imenso. Vai continuar viva no som que cantou, na liberdade que inspirou, na mulher que foi. Sua vida foi uma celebração de tudo o que somos, em todas as nossas cores, formas e jeitos. Ela nos ensinou que ser é um ato de coragem — e que amar é um ato político.

Ao nos despedirmos de Preta, agradecemos por sua entrega, por sua voz e por sua luz. Que o céu esteja em festa — e que, entre as estrelas, brilhe ainda mais forte o Sol de Leão que ela sempre foi. Descanse em paz, Preta.