A Sina de Ofélia: Versão de música de Taylor Swift na voz de Luísa Sonza vira hit na web
Versão não oficial criada por IA viralizou nas redes sociais; ouça

Já ouviu por aí? A música “A Sina de Ofélia”, versão em português criada por Inteligência Artificial (IA) baseada em “The Fate of Ophelia”, de Taylor Swift, viralizou nas redes sociais ao simular as vozes de Luísa Sonza e Dilsinho e acabou se tornando um verdadeiro fenômeno digital. “The Fate of Ophelia” – a original – foi lançada em outubro junto ao The Life Of a Showgirl, 12º álbum de Swift, e já ultrapassa 737 milhões de streams no Spotify, além de permanecer no top 10 da Billboard Hot 100 desde o lançamento.
O videoclipe de “A Sina de Ofélia”, com a imagem de Luísa Sonza gerada por IA, ultrapassou 400 mil views em 48 horas.
— poponze (@poponze) December 24, 2025
pic.twitter.com/h0q9LpIL4y
- Quem é mais rico em 2025: Taylor Swift ou Neymar? Veja a diferença bilionária
Já “A Sina de Ofélia” ganhou diferentes versões, incluindo um videoclipe produzido por IA em que Luísa Sonza aparece em uma torre, com longos cabelos loiros, em referência à personagem Rapunzel – não me pergunte o motivo. Um dos vídeos ultrapassou 1 milhão de visualizações, enquanto outro registro, em que a própria Luísa Sonza dubla a canção, soma mais de 6 milhões de views.
meu humor acaba totalmente quando eu tô rolando a tml em alguma rede social e alguém coloca essa desgraça de música sina de ofélia
— john ꩜ (@earthjohns) December 24, 2025
pic.twitter.com/a3em87Crpq
A repercussão dividiu opiniões. No X (antigo Twitter), internautas elogiaram a adaptação, enquanto outros criticaram o uso de tecnologia para reproduzir vozes de artistas reais. No TikTok, comentários pedem que Luísa Sonza e Dilsinho façam uma gravação oficial. Dilsinho, inclusive, entrou na brincadeira ao comentar em um dos vídeos: “Ué, já lançou?”.
Apesar do sucesso, o vídeo original publicado no canal Track B Music, que já ultrapassava 1 milhão de visualizações, foi removido do YouTube. A canção também foi retirada do Spotify após uma ação da Republic Records, gravadora responsável pelos lançamentos de Taylor Swift, sob alegação de violação de direitos autorais. Ainda assim, versões alternativas seguem circulando em perfis diversos, inclusive em ritmo de pagode.
- Taylor Swift quebra recorde do presidente dos EUA Donald Trump; entenda
MUSICA DA COPA? “A Sina de Ofélia” ultrapassou 1 BILHÃO de visualizações nas redes sociais. Já é um dos maiores virais da década no Brasil. pic.twitter.com/orAPUXUlT9
— BEEPOP (@beepopofc) December 24, 2025
O caso reacendeu um amplo debate sobre o uso de Inteligência Artificial na música, especialmente no que diz respeito à autoria, direito de imagem e identidade vocal. Pela legislação brasileira, apenas obras com autoria humana podem ser protegidas por direitos autorais, o que coloca produções como essa em uma verdadeira zona cinzenta da indústria cultural.
Mesmo sem ser single, feat ou lançamento oficial, “A Sina de Ofélia” virou hit. Um sucesso que não existe nas plataformas, não foi gravado por quem canta e não foi autorizado por quem compôs — mas que, ainda assim, enganou parte do público e dominou os algoritmos.
TREE PAINE ACORDOU! “Sina de Ofélia” acaba de ser DERRUBADA do Spotify. E, como a chuva é molhada, a versão em português obviamente NÃO foi autorizada.
— QG dos Charts (@qgdoscharts) December 19, 2025
— Criada por IA na voz de Luísa Sonza, havia entrado HOJE nos charts do Brasil com mais de 250 MIL streams. pic.twitter.com/M3JGf4dEGQ
Até o momento, Luísa Sonza e Dilsinho não anunciaram qualquer gravação oficial, e a equipe de Taylor Swift não sinalizou liberação da obra. Enquanto isso, a música segue como um hit fantasma, símbolo de uma nova fase do pop: aquela em que a tecnologia cria, o público consome e a indústria corre atrás do prejuízo.