Justiça autoriza, mas Robinho desiste de gravar entrevista ao SBT na última hora

A Justiça autorizou a entrada da equipe do SBT para uma entrevista com Robinho, mas o ex-jogador desistiu de última hora de conceder a gravação. A entrevista abordaria a condenação do ex-ídolo do Santos por estupro na Itália e seria a primeira vez que ele falaria publicamente sobre o assunto após ir para a prisão.

Onde a gravação seria feita

A gravação estava prevista para ocorrer na penitenciária José Augusto César Salgado, em Tremembé, interior de São Paulo, conhecida por abrigar condenados de crimes de grande repercussão midiática. O local já inspirou produções na Amazon Prime Video. A equipe do SBT faria uma edição especial do programa SBT Repórter, apresentado por César Filho, com foco no caso de Robinho.

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Autorização e preparativos

O SBT informou que tinha a autorização da defesa de Robinho, e que o ex-jogador havia inicialmente concordado com a entrada da equipe. A Justiça solicitou então que o diretor-geral da penitenciária desse seu parecer sobre a gravação.

A direção do presídio se mostrou favorável, estabelecendo apenas precauções de segurança. Com isso, a Justiça autorizou que uma equipe de quatro pessoas pudesse entrar no local para realizar a entrevista.

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Desistência de última hora

Apesar da autorização judicial e dos preparativos, Robinho e seus advogados comunicaram ao SBT que ele não desejava mais conceder a entrevista. A emissora acatou o pedido e cancelou a gravação.

O ex-jogador não apresentou um motivo oficial, mas nos bastidores comenta-se que a decisão pode ter sido influenciada pela negativa do STF, em 28 de agosto, de um recurso que poderia ter permitido sua libertação.

O caso Robinho

Robinho está preso desde março de 2024. A sentença estrangeira, referente à condenação por estupro coletivo na Itália, foi reconhecida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ex-jogador nega as acusações.

Segundo as investigações, em 2013, Robinho e cinco amigos teriam praticado violência sexual contra uma jovem albanesa em uma boate na Itália. A vítima, embriagada e inconsciente, teria sido levada para um camarim, onde foi estuprada várias vezes.

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Robinho foi condenado em 2017 a nove anos de prisão, e a sentença tornou-se definitiva em 2022, sem possibilidade de novos recursos. No Brasil, a defesa tentou dois habeas corpus, ambos negados.