Crítica

Orphan Black: você precisa assistir a essa série

Depois de uma terceira temporada atulhada, drama se recupera com folga na quarta temporada

É sempre difícil começar a assistir a uma temporada de Orphan Black. O primeiro problema é que sempre parece que há muita coisa acontecendo: o drama de ficção-científica canadense parece ficar cada vez mais complicado e enredado na própria mitologia. Esse foi o problema da terceira temporada: MAIS clones? Clones homens, também? Uma facção dentro de uma facção?

Ficar perdido começou a fazer parte do programa. Já o segundo problema é um problema bom: com um roteiro afiadíssimo, a série é viciante e parece impossível ter que esperar uma semana por cada novo episódio – e depois aguardar mais um ano para ter mais dez episódios.

 

Nesta quarta temporada, a série manteve o seu segundo problema: está mais viciante do que nunca. Porém, se livrou com gosto do primeiro problema, resultando na melhor temporada desde a estreia do seriado.

Se você nunca ouviu falar em Orphan Black, agora é uma boa hora para começar: a série gira em torno de Sarah Manning e seus vários clones envolvidos em uma enorme conspiração científica, intriga, assassinato e fanáticos religiosos. Vale saber que as três primeiras temporadas já estão na Netflix.

Nesta quarta temporada, o seriado finalmente começa a amarrar algumas pontas soltas e não faz malabarismos com (muitos) núcleos narrativos. Esse reforço no foco da história contribui horrores para o desenvolvimento de toda a trama nestes dez episódios. Mas não pense que essa progressão deixou a série mais sem graça: há reviravoltas o bastante para deixar M. Night Shyamalan zonzo.

Tatiana Maslany retorna fazendo mais ou menos seis papéis ao mesmo tempo, incluindo dois novos, e merece novamente uma indicação ao Emmy. Porém, quase todos os clones estão na mesma página, o que facilita muito em termos de história. Os vilões voltaram a ser uma coisa só também: os Neolucionistas.

Uma dica sem spoiler é que um dos antagonistas favoritos dos fãs termina a temporada de volta sobre as próprias pernas e no centro do holofote, prometendo uma quinta temporada fantástica!

 

Enquanto Tatiana rouba a cena completamente, vale mencionar nas atuações a performance de Kristian Brunn como Donnie Hendrix, um personagem inicialmente chato, mas que está cada vez mais divertido, assim como para James Frain como o sempre detestável Ferninand.

Não só é ótimo saber que a série voltou aos trilhos e está melhor do que nunca – 97% no Rotten Tomatoes – como é bom saber que ela se encaminha para o seu final. Pouco após o finale deste ano, a BBC America anunciou que a quinta temporada séra a última.

 

Se todos os acontecimentos da quarta temporada servem de indicação, teremos uma quinta temporada espetacular.