Oruam segue preso após audiência de custódia
Oruam foi indiciado por sete crimes após impedir a apreensão de um menor procurado pela polícia por tráfico e roubo

Por determinação da juíza Rachel Assad da Cunha, que presidiu a audiência de custódia que aconteceu nesta quarta-feira (23) no Rio de Janeiro, o rapper Mauro Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, permanecerá preso. Na audiência, o Ministério Público reivindicou a manutenção da prisão e a defesa não apresentou pedidos, alegando que devem ser feitos ao juízo natural do caso.
O rapper foi preso no dia 22 e responde por sete crimes (tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal) após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e por roubo na noite de segunda (21).
Oruam e amigos agrediram policiais com pedras e impediram o cumprimento do mandado do menor, que conseguiu fugir em um primeiro momento e se entregou à polícia no dia seguinte.
“Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou om Deus e tá tranquilão. Sou forte!”, disse Oruam ao se entregar. De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o rapper está preso em uma cela individual no Complexo de Bangu, apartado de outros detentos. Ele passou a noite sem intercorrências e está recebendo a alimentação padrão da unidade.
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Oruam, em sua própria defesa, gravou um vídeo no qual diz que houve abuso de autoridade dos policiais e diz que vive da sua música, e não é bandido.
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