Inspirações

Consciência Negra: os talentos que ajudaram a moldar o Goiás

Tião Macalé, Edson e Dill representam gerações de jogadores negros que deixaram legado e definiram capítulos decisivos da história alviverde

Neste dia 20 de novembro, Dia da Consciencia Negra, o Mais Goiás Esporte relembra jogadores negros importantes para a construção da história do Goiás  Dos anos 60 aos 90, nomes como Tião Macalé, Edson e Dill não apenas fizeram história, eles ajudaram a escrever capítulos decisivos na jornada que transformou o Goiás no maior vencedor do Centro-Oeste.

Tião Macalé, zagueiro dos anos 60 e 70, é até hoje um dos jogadores mais admirados da história do clube. Com liderança, firmeza e uma entrega que marcou gerações, fez parte da equipe que conquistou o primeiro título goiano em 1966  uma campanha memorável, com apenas uma derrota, que abriu caminho para outras 23 conquistas estaduais ao longo das décadas.

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Pelo Campeonato Brasileiro, disputou 118 jogos ao longo de sete edições, sempre com regularidade e impondo respeito. Nascido em 1945, construiu também uma carreira sólida fora do futebol, formado em Direito e atuando como vereador, conselheiro e representante da OAB em áreas ligadas ao esporte. Um símbolo de pioneirismo e representatividade dentro e fora do Goiás.

Nos anos 80, a força negra no clube brilhou no gol com Edson, camisa 1 esmeraldino em 1983 e 1984. Em um time histórico, que tinha nomes como Zé Teodoro, Washington e Dadá Maravilha, o goleiro ganhou projeção nacional com defesas espetaculares que o fizeram ser eleito duas vezes o “Goleiro do Fantástico”, prêmio concedido às defesas mais impressionantes exibidas no programa dominical. 

Entre os momentos marcantes, está a defesa de um pênalti cobrado por João Paulo, do Santos, em mata-mata do Brasileirão. Mesmo em jogos duros, como o 5 a 0 contra o Corinthians de Sócrates e Casagrande, Edson saiu como destaque, consolidando seu nome entre os grandes arqueiros da história esmeraldina.

Já nos anos 90, o protagonismo ficou por conta de Dill, atacante que encantou o país com a camisa do Goiás. Em 1994, viveu seu auge técnico, e nos anos seguintes se transformou em um dos maiores artilheiros da história do clube. Foi pentacampeão goiano entre 1996 e 2000, protagonista de campanhas históricas e presença constante em jogos decisivos. 

Em 1999, dividiu com Sílvio Criciúma o posto de atleta com mais partidas pelo clube na Série B, com 29 jogos. No ano seguinte, escreveu seu nome no livro dos recordes ao marcar 29 gols em uma única edição do Campeonato Goiano, tornando-se o maior artilheiro de uma edição na história da competição. Dill foi explosão, velocidade, gol e símbolo de uma era vencedora do Goiás.