E o Dragão, ainda pode atrapalhar o acesso do Goiás?

O Goiás depende apenas de si para garantir o acesso à Série A, mas pode ter seus planos diretamente influenciados por dois personagens na última rodada da Série B: o próprio adversário, o Remo, e o rival Atlético Goianiense. Isso porque, enquanto o Esmeraldino decide seu futuro em Belém, o Dragão enfrenta justamente a Chapecoense, concorrente direta na briga por uma das vagas no G-4, em jogo marcado para Santa Catarina.

A equipe atleticana, comandada por Rafael Lacerda, já não corre riscos de rebaixamento nem tem chances de acesso. Ocupando a 10ª colocação com 52 pontos, o máximo que pode alcançar são 55, pontuação insuficiente para alcançar o Goiás, que é o 4º colocado com 61. Apesar disso, o duelo de domingo (23/11) não será apenas um compromisso protocolar. O resultado rubro-negro pode impactar diretamente a disputa pelo retorno à elite.

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A Chapecoense, rival do Atlético nesta última rodada, aparece em 5º lugar com 59 pontos e precisa vencer para seguir sonhando. Um dos cenários possíveis de acesso da equipe catarinense passa justamente por um tropeço do Goiás. Caso o confronto em Belém termine empatado e a Chape derrote o Dragão, ambas chegariam a 62 pontos, mas os catarinenses levariam vantagem no número de vitórias.

Diante das especulações sobre a postura do Atlético na partida, o presidente Adson Batista foi categórico ao descartar qualquer possibilidade de “entregar o jogo” para prejudicar o rival goiano. Ele ressaltou que o clube cumprirá sua responsabilidade esportiva e reforçou que o próprio Goiás tem controle total da situação.

“Atlético vai cumprir seu papel, vai jogar, quem entrar para jogar vai jogar sério, a gente vai respeitar a competição. Agora, ninguém vai apontar dedo para o Atlético e falar que o Atlético tem que fazer isso ou aquilo. Nós tínhamos que ter jogado para nós, nós tínhamos que ter feito um campeonato diferente para nós, isso não aconteceu, então, o Atlético não tem responsabilidade nenhuma para poder tirar a classificação ou ajudar algum time.”

O dirigente ainda destacou que a responsabilidade do acesso é exclusivamente esmeraldina:

“O time vai jogar sério, tem muitos jogadores que têm que mostrar alguma coisa, talvez por interesse de continuar aqui, então, não vejo nenhum problema, o que eu posso te dizer é que, por exemplo, o Goiás, que é nosso irmão, o Goiás está com tudo na mão. Hoje dois times aí patinou, foi, então, o Goiás está com tudo na mão, não tem que ficar transferindo responsabilidade, tem que assumir a sua responsabilidade e ganhar seus jogos, naturalmente, tem muita chance, porque vai encontrar um time que perdeu hoje (jogo entre Avaí e Remo que aconteceu no sábado 15/11). Eu vi um pouco do jogo, um jogo lento, um time sem alma, então, talvez nem mereça subir, teve um atropelo, e logicamente, nesses jogos decisivos não pode ter essa postura. Dois times patinou, eles têm chance, ainda vai ter confronto direto com o time que perdeu hoje, então, ninguém tem que pensar em ninguém, cada um cuida da sua vida e faz o que deve ser feito”, completou.

Além do jogo em Belém e do duelo entre Chapecoense e Atlético, outro confronto que pode influenciar diretamente na disputa pelo acesso é Cuiabá x Criciúma. Caso o Tigre catarinense não vença e a Chape confirme os três pontos diante do Atlético, o Índio Condá garante sua vaga na elite. Lembrando que todos os confrontos* acontecem no domingo (23/11), às 16h30.

*A partida entre Vila Nova e Volta Redonda, pela última rodada acontece na quarta (19/11)