Ex-presidente é condenado por crimes contra o Goiás Esporte Clube
Raimundo Queiroz foi condenado a pena privativa de liberdade em 1 ano e 6 meses de reclusão, e 48 dias-multa em regime aberto, porém, crime prescreveu

O Mais Goiás teve acesso na tarde desta sexta-feira (5), aos arquivos do processo que envolve o Ministério Público e o Goiás Esporte Clube contra o ex-presidente do clube, Raimundo Queiroz. Segundo os autos, foi confirmada a condenação do do ex-dirigente por apropriação indébita. Porém, devido ao tempo da condenação e com o não cumprimento da pena, o crime prescreveu.
Na matéria de fevereiro feita pelo próprio Mais Goiás, o ex-presidente teria sido absolvido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) das acusações feitas pelo Ministério Público e o Goiás Esporte Clube por desvios de verbas dos cofres do clube. Porém, essa informação não condiz com o que foi apresentado nos documentos divulgados nesta sexta-feira (5).
Em janeiro de 2016, Raimundo Queiroz foi condenado a pena privativa de liberdade em 1 ano e 6 meses de reclusão, e 48 dias-multa em regime aberto. As referidas sanções foram substituídas por 02 (duas) restritivas de direitos, quais sejam: prestação de serviços à comunidade e pagamento pecuniário no valor de 10 (dez) salários- mínimos, ou seja, R$ 7.880,00 (sete mil, oitocentos e oitenta reais), (fls. 990/1.048).
Depois da prescrição da pena, Raimundo Queiroz ainda tentou juntamente com sua defesa reverter a condenação, mas seu recurso sendo negado e não há possibilidade de novos recursos.
Para contextualizar: O que é Apropriação indébita?
De acordo com o artigo 168, do Código Penal, a apropriação indébita é um crime doloso, praticado contra o patrimônio, e que consiste em apropriar-se de uma coisa alheia móvel, cuja posse ou detenção desvigiada lhe foi conferida de forma lícita.
A pena para o crime é de reclusão de um a quatro anos, com multa, podendo ser aumentada de um terço quando o agente recebeu a coisa: I – em depósito necessário; II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depósito judicial e III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Raimundo Queiroz foi presidente do Goiás de 2003 a 2006 e ficou marcado por levar o clube esmeraldino a Libertadores, em sua única participação na história. Antes disso, o ex-dirigente havia sido diretor do clube de 1994 até 2003, até assumir a presidência. Raimundo trabalhou também em outros clubes como Vitória, Santa Cruz, Criciúma e Feirense-BA. No futebol goiano, ele passou pelo Goiânia e no Aparecida.