Ex-CEO de clube inglês diz ter informações de que Paquetá será inocentado, mas estranha demora: ‘A menos que haja nova evidência’

Por O Globo | O julgamento de Lucas Paquetá, acusado de participação num esquema para beneficiar apostadores, foi encerrado há mais de um mês. Até o momento, o resultado não veio a público. Ex-CEO do Everton-ING, Keith Wyness revelou esta semana ter informações de que o meia brasileiro será inocentado. Ele, contudo, admite estranhamento com a demora na divulgação da sentença por parte da Football Association (FA), a federação inglesa de futebol.

“Minhas fontes me disseram que o caso já estava concluído e que ele seria considerado inocente. Por que essa demora? A menos que haja alguma nova evidência que tenha surgido de última hora. É muito difícil de entender – afirmou o ex-executivo, que atualmente trabalha com uma consultoria de futebol para clubes de elite, ao podcast Inside Track, do portal inglês Football Insider”:

“É muito surpreendente e misterioso o motivo pelo qual houve um atraso repentino depois de todas as audiências que foram feitas”.

Ainda segundo Wyness, a demora tem impedido o West Ham de aceitar propostas por Paquetá. Os ingleses, inclusive, estariam prontos para negociar o meia caso ele seja declarado inocente. Atualmente, ele participa da pré-temporada do clube, iniciada nesta semana.

“Agora, é realmente injusto. Não sou advogado, mas me parece que o processo está se tornando tão oneroso e falho que está impactando o West Ham em termos do que farão com ele na próxima temporada”.

Quem acompanha o caso com especial atenção é a torcida do Flamengo, clube que formou Paquetá e que monitora a situação de olho numa repatriação do meia. Contudo, de acordo com Wyness a proposta a ser aceita pelos ingleses vem da Arábia Saudita.

“Havia rumores de que o Manchester City chegaria a 80 milhões de libras pelo Paquetá. Há rumores de que a Arábia Saudita também estaria fazendo uma grande proposta por ele. Mas ele não pode ser vendido no momento. Então há um potencial prejuízo sério com as ações da FA”.

Entenda o caso Lucas Paquetá

O julgamento deveria ter terminado em meados de abril, no entanto foi postergado. Segundo o jornal inglês The Guardian, isso aconteceu devido à complexidade do caso. O painel independente que estava à frente da audiência do meia brasileiro não conseguiu um resultado.

Jogador do West Ham e da seleção brasileira, Paquetá responde a uma investigação no âmbito da Federação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês) por má conduta relacionada a apostas esportivas em quatro partidas da Premier League ocorridas entre novembro de 2022 e agosto de 2023, contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.

As acusações da FA de 2024 afirmam que Paquetá tentou “influenciar o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas”. A entidade pede o banimento do atleta no esporte.