Quatro jogadores profissionais são investigados na Operação Penalidade Máxima e MPGO revela que grupo segue em ação
Segundo a promotoria, cada jogador receberia R$ 150 mil para cometer penalidades em seus jogos

Foi realizado nesta terça-feira (14) uma coletiva na sede do Ministério Público de Goiás (MPGO) para detalhar sobre a Operação Penalidade Máxima. Segundo os promotores, existe a participação de jogadores profissionais no esquema, incluindo atletas do Vila Nova. Porém segundo a promotoria os nomes ainda não podem ser divulgados. Em Goiânia, dois mandados de busca e apreensão foram realizados e o único preso da investigação é um apostador em São Paulo.
“Em razão da limitação da lei de abuso de autoridade não podemos indicar nomes ou quantidades. O que temos é empresários, apostadores e atletas suspeitos no auxílio de manipulação de resultados”, disse o promotor Fernando Martins Cesconetto, que ainda frisou que o Vila Nova foi um dos autores da denúncia ao Ministério Público de Goiás.
Apesar do MPGO não ter revelado os nomes, o Jornal Opopular teve acesso a lista dos investigados, que conta com um atleta do atual elenco do Vila Nova, o volante Gabriel Domingos, além do ex-colorado, Marcos Vinícius, conhecido como Romário. Além deles, o lateral direito Matheusinho, que estava no Sampaio Corrêa em 2022 e o também lateral Joseph, do Tombense, estão sendo investigados.
Ainda de acordo com a promotoria, três jogos da Série B estão sob investigação: Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Correia x Londrina. No esquema, os criminosos fizeram apostas para ocorrer penalidades nos confrontos e apenas na partida do Tigrão não houve a infração. Um atleta do colorado havia recebido o sinal (R$ 10 mil), mas não seguiu com o plano e por conta disso, acabou ameaçado pelos manipuladores.
De acordo com a promotoria, o grupo segue com as apostas e inclusive existe novos jogos sendo investigados por manipulação de resultados. “Estamos no início da investigação, na primeira fase. Foram arrecadados vestígios eletrônicos, além de interrogatórios, e a partir da análise parcial do material é possível notar que uma parcela do grupo continua em atividade, realizando apostas, mas apostas direcionadas, manipuladas. Há outros jogos recentes com a possível suspeita de manipulação de resultado”, disse.
Fernando Martins Cesconetto também destacou um pouco sobre os valores que seriam repassados aos jogadores e os prováveis lucros dos manipuladores. “O que temos de concreto é os valores que foram prometidos nessa rodada, que seria em torno de 450 para os jogadores (R$ 150 mil para cada), o lucro para o apostador estaria em torno de 2 milhões, mas não dá para precisar”, disse.