Justiça irlandesa rejeita apelação de Conor McGregor em caso de estupro; ex-lutador terá que pagar indenização de R$ 1,6 milhão
O caso envolvendo McGregor e uma mulher ocorreu em dezembro de 2018, em Dublin, na Irlanda
Por O Globo: A Corte de Apelação da Irlanda rejeitou nesta quinta-feira o recurso apresentado pelo lutador de MMA Conor McGregor, que tentava anular a condenação que o obriga a pagar uma indenização de quase 250 mil euros (cerca de R$ 1,6 milhão) a Nikita Hand, mulher que o acusa de agressão sexual. O caso se refere a um episódio ocorrido em 9 de dezembro de 2018, em um hotel de Dublin.
Segundo a denúncia, após um encontro em uma festa de fim de ano, Hand e uma amiga foram levadas por McGregor até uma cobertura de hotel, onde, segundo ela, houve consumo de álcool e drogas. A jovem afirma, de acordo com o jornal inglês The Guardian, que foi levada a um quarto por McGregor e estuprada. Um dia após o episódio, ela foi atendida em uma unidade especializada e teve seus ferimentos registrados em imagens por orientação médica.
O júri decidiu pela condenação em novembro do ano passado. McGregor, de 36 anos, negou as acusações, alegando que houve “sexo consensual” e que não causou os hematomas apresentados por Hand.
Na apelação, a defesa do lutador sustentou que o juiz errou ao instruir o júri a deliberar sobre o termo “agressão” e não especificamente “agressão sexual”. O argumento, porém, foi descartado pelo juiz Brian O’Moore, que afirmou que ficou claro para o júri que o cerne da denúncia era o estupro.
Os advogados também alegaram que não deveria ter sido permitida uma linha de questionamento baseada nas respostas evasivas (“sem comentários”) de McGregor durante seu depoimento à polícia. Esse ponto também foi rejeitado.
Do lado de fora do tribunal, Nikita Hand leu um breve comunicado:
— A todos os sobreviventes, sei o quanto é difícil, mas, por favor, não se calem… Vocês merecem ser ouvidos, também merecem justiça. Hoje, finalmente posso tentar seguir em frente e começar a me curar.