Estreia amarga

“Não adianta desespero agora”, diz Carille após Goiás deixar o G-4

Goiás é superado pela Chapecoense em casa e segue fora do G-4, ampliando jejum de vitórias na Série B

Na estreia de Fábio Carille no comando do Goiás, o time esmeraldino acabou derrotado pela Chapecoense por 3 a 1, na noite deste domingo (19/10), no estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia. O revés, em confronto direto pelo G-4 da Série B, ampliou a sequência sem vitórias do Verdão para seis partidas e fez a equipe cair para a sexta colocação, com 52 pontos, ao fim da 33ª rodada.

Após a partida, Carille fez uma análise franca sobre o desempenho da equipe e apontou os principais erros cometidos na derrota. Segundo o treinador, o time pecou pela lentidão na troca de passes e pela falta de atenção em momentos decisivos.

“Circular a bola mais rápido, algo que me chamou a atenção. A gente treinou isso, mas no jogo ficou muito lento, a gente demorando, dando 3, 4 toques na bola antes de fazer a bola andar. A questão das coberturas, nós estávamos nas bolas ali, falando diretamente dos gols, a gente poderia ter sido melhor. Tomar melhores decisões, as melhores decisões. Primeiro tempo, principalmente, acho que a gente começou a jogar a bola para a área de qualquer jeito, meio que se desfazendo da bola e jogando a bola e a maioria dessas bolas na mão do goleiro. Então, primeiro, a gente colocar a cabeça no lugar, não adianta desespero agora numa reta final e sim muita concentração e atenção de todos. Nós aqui dentro, eu, comissão e atletas, vamos ter que ser muito homens nesse momento e, principalmente, muita atenção e concentração para reverter essa situação”, analisou Carille.

O treinador também destacou que, além dos ajustes táticos, o momento exige um trabalho psicológico para recuperar a confiança dos jogadores, que vêm sendo afetados pela sequência negativa e pela pressão da briga pelo acesso.

“Eu acho que o nosso time toma muita transição, tem que ter um controle maior, independente do resultado, precisa de uma organização melhor e isso passa muito pelo meu trabalho, trabalho de organização. Individualmente, a gente espera, sim. Ficou claro que eu vou ter que resgatar também muita confiança de alguns jogadores nesse momento de pressão, a gente tem que ter muita sabedoria nesses momentos de pressão. Então, vai ser meu trabalho, não só dentro do campo, dentro das quatro linhas, mas também ali por fora, para resgatar a confiança desses atletas”, finalizou.

O Goiás volta a campo no sábado (25/10), diante do Criciúma, fora de casa, no estádio Heriberto Hülse, em confronto direto na luta pelo acesso à Série A.