Popó fala após confusão e pede desculpas ao público
Tetracampeão mundial de boxe lamenta briga generalizada e defende o filho das acusações

Depois da noite caótica no Spaten Fight Night, em São Paulo, Acelino “Popó” Freitas quebrou o silêncio. O tetracampeão mundial de boxe se pronunciou ainda no evento e voltou a falar durante a madrugada, em suas redes sociais, para explicar sua versão sobre a confusão generalizada que marcou o fim da luta contra Wanderlei Silva.
Popó reforçou que sua intenção era apenas lutar e entregar espetáculo ao público. Segundo ele, a briga que tomou conta do ringue após a desclassificação de Wanderlei não deveria ter envolvido os integrantes das equipes.
“Eu não vim aqui para manchar a imagem de ninguém, nem para criar confusão. Vim para dar show, para fazer o que sei: boxe. Se o Wanderlei me acertou com cabeçadas ou cotoveladas, era eu e ele, mais ninguém. Nem a minha equipe nem a dele tinham que se meter. A luta era só entre nós dois”, declarou o baiano.
O ex-campeão mundial ainda criticou a postura do rival no ringue, lembrando das cabeçadas que resultaram em três advertências e, consequentemente, na desclassificação de Wanderlei. “Tomei três cabeçadas, todo mundo viu. Não foram lances acidentais, foram intencionais. Isso aqui é boxe, não é MMA. Peço desculpas ao público, queria ter feito mais”, completou.
Defesa nas redes sociais
Horas depois, Popó também utilizou as redes sociais para se defender de acusações e relatar que foi alvo de agressões por membros da equipe de Wanderlei. O baiano disse ter levado um soco logo após o anúncio da vitória e aproveitou para sair em defesa do filho, Yago, apontado como um dos envolvidos na briga.
“Preciso me pronunciar. Fiz o meu melhor, pratiquei boxe como sempre. Mas quando a luta acabou e o árbitro desclassificou o Wanderlei, o treinador dele veio pra cima de mim e me acertou um soco forte. Vi que falaram que meu filho, Yago, bateu no Wanderlei. Isso não aconteceu. Ele não tem nada a ver com isso”, disse Popó.
Na sequência, o pugilista também acusou Fabrício Werdum, que fazia parte do corner de Wanderlei, de invadir o ringue e iniciar a confusão. “Infelizmente, o Werdum entrou com o filho e vieram pra cima de todo mundo. Até tentaram me dar um mata-leão no meio da confusão, depois de eu já ter levado três cabeçadas. Só quero que isso se acalme”, concluiu.
Enquanto isso, Wanderlei Silva, conhecido como “Cachorro Louco”, foi levado para o Hospital São Luiz, na Zona Sul de São Paulo, após ser atingido no tumulto. O ex-lutador de MMA passou por exames, recebeu sutura e teve alta após cerca de quatro horas de observação.