Gratidão

“Um sonho cumprido”, destaca Hugo Jorge Bravo ao encerrar ciclo como presidente do Vila Nova

Dirigente relembra trajetória, cita fé, família e reconhece que o acesso à Série A foi o único objetivo não alcançado

O empate por 2 a 2 contra o Volta Redonda, na noite de quarta-feira (19/11), pela 38ª rodada da Série B, marcou também o fim do segundo mandato consecutivo do presidente Hugo Jorge Bravo. De torcedor de arquibancada a dirigente, Hugo esteve à frente do Vila Nova por seis anos e fez um balanço do período, destacando o que diria ao “Hugo” de anos atrás.

“O que eu posso dizer é que deu certo. E assim, quando você assume uma posição de liderança, com a responsabilidade que a gente tem do resultado dentro do Vila, eu posso dizer que essa jornada foi muito difícil. Sem minha família não seria possível, mas principalmente amparado por Deus. Então o que eu posso dizer do Hugo de seis anos atrás para o Hugo de seis anos depois é que hoje eu sou um cara muito mais temente e crente na providência divina.”

Hugo também falou sobre a entrega do período e o sentimento de missão cumprida. “Nós plantamos muita coisa, muita entrega, mas a gente sabe que em todos os momentos Deus nos sustentou. Eu tinha o sentimento que iria ser presidente do Vila um dia, estamos concluindo isso, talvez num futuro possa voltar a ser presidente novamente, não sei dizer, mas um sonho cumprido, só gratidão a Deus, a minha família”, afirmou.

Ao fazer um balanço dos seus seis anos no comando colorado, o dirigente destacou qual foi o maior desafio da gestão, lembrando da pandemia e das dificuldades enfrentadas mesmo com a ausência da torcida, período em que o clube conquistou o título da Série C.

“O maior desafio foi ganhar o título Goiano deste ano, porque para fora ninguém quer ver trabalho, para fora a pessoa quer ver só resultado. Eu acho que o título Goiano, assim como o CT, nem se a gente fosse o mais otimista do mundo, nós imaginamos chegar ao final da nossa gestão com a condição estrutural que temos hoje. Então vamos dizer esses aí, o CT e o título Goiano foram os maiores desafios, assim como o acesso da Série C para Série B, em meio à pandemia. Nós éramos naquele momento a melhor folha da competição. Todo mundo sabe que o Vila sempre foi muito dependente do torcedor e naquele momento a gente não contou com a presença física dele, mas contou com muito apoio”, destacou.

Questionado sobre o que considera ter faltado na gestão, Hugo reconheceu que o acesso à Série A foi o único objetivo não alcançado, mas reforçou sua gratidão e o sentimento de dever cumprido.

“Acho que o tempo, por isso sou muito grato a Deus, porque eu sei o que nós passamos, o que nós deixamos de fazer eu não vou me preocupar com isso, porque nós fizemos o nosso máximo dentro desses seis anos, ladeado de grandes pessoas. Então, fica o sentimento que faltou aquele tão sonhado acesso, mas com a cabeça muito erguida e muito grato. Como disse e reforço, principalmente a minha família, a minha esposa e meus filhos, principalmente minha esposa, que passou maus bocados neste processo todo, só ela e Deus sabe o que passamos nesses anos.”

Com o empate na última rodada, o Vila Nova encerra sua participação na Série B na 12ª colocação, com 47 pontos, campanha composta por 11 vitórias, 14 empates e 13 derrotas, além de 40 gols marcados e 44 sofridos.